quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Entrevista com Josy Tortaro


Boa Tarde, Vizinhos Literários


Hoje recebemos a visita da querida escritora Josy Tortaro autora da Saga "Os Quatro Elementos". Ela fala sobre seu primeiro livro "Marcada a Fogo" e nos conta um pouco a respeito dos próximos volumes.
Espero que gostem.


(Vizinhos Literários) Para os leitores do blog que ainda não conhece o seu trabalho, apresente-os a série “Os Quatro Elementos”.

A saga conta a história de quatro pessoas distintas, em lugares diferentes do Brasil, que nada sabem sobre sua origem. Após trinta anos no qual foram encontradas, um alinhamento planetário é previsto e eventos místicos e sobrenaturais atormentam suas vidas pacatas e comuns. A série descreve a luta para entenderem quem são e o que querem da vida, mesmo diante de algo que não compreendem. E muitas vezes, terão que encarar a própria morte sem terem pedido por isso.

(Vizinhos Literários) Você lançou “Marcada a Fogo”, primeiro livro da série “Os Quatro Elementos”, no mês passado e nas redes sociais vem anunciando a finalização da série. O que os seus leitores podem esperar dos próximos volumes?

Apesar de a história seguir uma ordem cronológica nos próximos livros, cada volume conta sobre a vida de um protagonista diferente, com seus costumes, suas peculiaridades, seu círculo de pessoas, seu jeito de encarar a vida. E então só posso afirmar que, não é porque leu o primeiro volume que já sabe o que está por vir. Cada página é uma surpresa em Marcada a Fogo. Porém, cada volume tem seu próprio tom e estilo, embasado nas vivências e temperamentos dos protagonistas. Você já conhecerá os eventos místicos, mas não saberá como cada um dos personagens reagirá a eles. É aí que está a diferença dessa série. Novos personagens entrarão para a história da série e farão toda diferença. Guardei uma surpresa nova para cada livro.

(Vizinhos Literários) Antes de começar a escrever qualquer coisa, faz algum tipo de ritual ou necessita de um ambiente mais organizado e silencioso?

Não, só preciso saber o que vou escrever, para isso, crio um arquivo onde tenho uma descrição o mais detalhada que eu puder, de cada capítulo. Penso muito, anoto todas as idéias, construo toda a história e seus caminhos para saber que rumo a história está tomando. Depois que a ideia está madura, não importa onde ou como eu vou escrever. Basta sentar e começar.

(Vizinhos Literários) A série “Os Quatro Elementos” diz muito a respeito do ser humano. Teve uma inspiração ou passou por alguma história que a levasse a escrever?


O que nos difere dos animais são nossos pensamentos e sentimentos. Somos complexos exatamente por esse amontoado de emoção que não conseguimos canalizar adequadamente e que acaba nos guiando nem sempre pelo melhor caminho. Eu amo ler livros que se aprofundam e nadam nas profundezas do oceano das emoções. Foi depois de ler um livro que mexeu tanto comigo (por casar com perfeição emoções e fantasia) que eu resolvi tentar. Já havia escritos dramas e romances policiais, livros distintos, mas nunca havia pensando em escrever fantasia até então. Meu marido me sugeriu e então, depois de pensar por um tempo, criei a saga.

(Vizinhos Literários) Mesmo tendo essa série pela frente, já pensou em um novo trabalho ou vai manter seu foco?


Antes de terminar o volume 3 uma nova história resolveu me atormentar. Lembro que antes mesmo de tê-la, meu marido me perguntou: O que vai escrever depois que terminar a saga? Olhei bem para ele e respondi, com sinceridade: Não faço ideia! E essa nova história surgiu de repente, sem que eu estivesse procurando uma nova história. Então anotei. E volta e meia tenho novas ideias para complementará. Já tenho um enredo geral da história. Assim que terminar a saga (o que pretendo fazer até o final do ano), vou começar a trabalhar nela. Foram essa, tenho outras histórias, porém não estão me atormentando tanto quanto essa.

(Vizinhos Literários) Para todo escritor o livro torna-se um pedaço de sua vida. Consegue escolher entre os volumes da série um que seja o favorito?


Eu gosto muito do volume 2, Filho da Terra, porque eu acho que estava mais preparada, mais segura do que estava escrevendo e também porque me orgulho de ter criado um protagonista homem sem perder o foco (por eu ser mulher). É uma história mais completa que Marcada a Fogo. Tem ação, romance, até algumas cenas engraçadas.

(Vizinhos Literários) Em uma palavra:

Vida? Amor.
Humano? Único.
“Marcada a Fogo”? Decisão

Marcada a Fogo

A VERDADE. Essa é a busca de Tamires do Valle. Encontrada sob as cataratas de Foz do Iguaçu, uma névoa paira sobre sua origem. A ametista é o único elo com seu passado. Pesadelos atormentam suas noites constantemente. Seriam lembranças adormecidas ou tormentos de uma alma inquieta? Uma vida feliz ao lado do marido Gustavo e da filha Sofia não seria o bastante? Um alinhamento planetário é previsto por Pedro Tosquini, um renomado astrônomo brasileiro, exatamente no momento em que estranhos acontecimentos a despertam para uma realidade antes desconhecida. Eventos místicos e sobrenaturais revelam o caminho para a verdade. Nele terá que enfrentar a dúvida, o medo e a morte. Descobrirá o que é ser enganada por quem mais confia. E terá duas escolhas a fazer. UMA HISTÓRIA DE MISTÉRIO E MAGIA QUE TEM COMO PANO DE FUNDO UM CENÁRIO PARADISÍACO.



Mais informações sobre a autora e a saga:






Lembrete: Se você ficou interessado em ler o livro "Marcada a Fogo" tem uma super promoção no site oficial. Confira.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Entrevista com Giselle Zamboni e o #Letras365

Olá, Vizinhos Literários

Hoje estou apresentando uma entrevista que queria muito que estivesse no blog. Para os que ainda não conhece o projeto #Letras365 da Giselle Zamboni, espero que gostem.

(Vizinhos Literários) Para os leitores do blog que ainda no conhecem o #Letras365, apresente-o.

O #letras365 é um fluxo literário interativo em ambiente twitter, criado por mim em 27/01/2011, por este twitlonger que o explica bem:

“NASCE A COMUNIDADE INTERATIVA LITERÁRIA #Letras365, no Twitter, com este texto:

Caros(as) Escritores(as) e Leitores(as),ontem lancei a ideia da formação da COMUNIDADE LITERÁRIA INTERATIVA #LETRAS365...
Inspirada no fluxo #draw365, uma experiência social, interativa, na qual o Twitter é usado por uma comunidade de artistas do mundo todo para postarem seus desenhos, DIARIAMENTE, daí o nome DRAW 365, na qual centenas de admiradores e interessados podem conhecer estas criações artísticas, formando laços sociais em tempo real,em que qualquer um pode participar, basta enviar um tweet (post) que contenha um link para uma foto do seu desenho e claro, seja tagueado com #Draw365, e baseada também noutras tantas experiências interativas como o #FF (follow friday) e as brasileiras, #6aDEPOESIA, para postagem às sextas-feiras de poesia pura que nasce neste ambiente de interação fantástica que é o twitter, ou o conhecido #BOTEQUIMTUITAJOAQUIM, "boteco tuiteiro" de troca de músicas e papo bom pelas timelines...pensei e lancei a ideia do fluxo #LETRAS365.



O #LETRAS365 será uma COMUNIDADE LITERÁRIA INTERATIVA, na qual ESCRITORES poderão postar suas LETRAS (poemas,contos,microcontos,haicais,crônicas literárias,trechos de livros,etc)em tweets tagueados com #LETRAS365, para que a tag# possa ser acompanhada por todos os admiradores e ávidos leitores tuiteiros e possamos conhecer o que se produz e divulga no ambiente twitter de literatura e arte puras.
Sei que há outros suportes fantásticos,como as crônicas e artigos de cunho jornalístico, pessoal e opinativo, as crônicas do cotidiano por exemplo, mas o #LETRAS365 pretende ser, e quiçá se transforme mesmo, num fluxo, numa COMUNIDADE de interação da produção LITERÁRIA de todo e qualquer ESCRITOR/AUTOR e seus LEITORES, todos nós, tuiteiros contumazes, pra não dizer viciados (rs), participando juntos, conhecendo, dialogando, interagirindo e vibrando com essas criações.



Acompanhando através do "search:#Letras365" teremos um livro-coletivo, um blog-aberto de escritores vários, múltiplos, publicando suas letras e vontades, vezes e vozes e, com seus leitores, todos nós ávidos por este tipo de conhecimento e emoções, formaremos uma COMUNIDADE LITERÁRIA INTERATIVA, uma festa de encontros e bonitezas, tenho certeza disso!
Participem, divulguem, tuitem o #LETRAS365, vamos balançar as estruturas do twitter, é isso aí...rs


Beijos, Seres Coletivos! Grata, sempre! (passem por lá, espiem como um montão de gente já trocou ideias e nos presenteou com letras no #Letras365...vejam que bacana que está!)”
......

(Vizinhos Literários) Além de reunir micro-contos e poesias, o #Letras365 também é usado como ferramenta de divulgação. Quando presencia esse retorno, fica surpreendida?

Honestamente, não fico não. (risos) O poder da interação, da alteridade em tempo real, da necessidade de comunicação do ser humano extrapola qualquer barreira e o twitter é muito democrático, reconstrói nossas imagens, que passam a ser muito além dos avatares (fotos) e nicknames, passamos a ser seres agentes, pensantes, viventes nesta grande rede social.


(Vizinhos Literários) Essa busca por uma forma literária, digamos mais breve, tem um histórico que poderia nos contar?

Não tenho formação em Letras, desconheço, ou melhor, o que sei sobre a origem da literatura enxuta, mínima, veloz e os seus outros tantos nomes designativos é o que todos podemos ler a respeito, nos textos que circulam por aí, não é novo, já estava presente em autores célebres e hoje é o modo de literatura feito por célebres e ainda, desconhecidos


(Vizinhos Literários) Existe algum plano mais ambicioso para o #Letras365, como quem sabe reunir todos os registros em uma coletânea?

Olhe, nunca ambicionei nada além de reunir pessoas bacanas e atentas em torno da literatura e do mundo das letras, no entanto, se houver propostas que respeitem a interatividade e produção de todos os participantes, com certeza, aceitarei em nome de todos, como uma espécie de curadora que sou da nossa tag literária.


(Vizinhos Literários) Falando agora da Giselle, como descobriu sua veia literária?

Será que descobri??!! (risos)  Não sei não, mas tenho lá minhas golfadas de inspiração em 140 caracteres, mas uma coisa posso dizer, nunca escrevi nada além de petições, sou advogada, e quando passei a ser impactada pelas belezuras que pululavam na minha timeline me vi escrevendo meus versos esfarrapados, fazendo meus poemas-interrogação e me sentindo mais leve, mais eu mesma.


(Vizinhos Literários) A literatura nacional a cada dia mostra um novo talento. Poderia citar algumas de suas inspirações da atualidade?

Poderia citar muitos autores criativos e sensacionais da tuiteratura brasileira, mas sei que isto causaria ciumeiras, (risos), pois leio muitos, gosto de tantos, seria injusto arriscar citar uns e esquecer outros, então falarei de meus eternos autores preferidos, que nunca serão velhos, serão sempre novos na possibilidade de nos arrebatarem: Adélia Prado, Manoel de Barros, Pablo Neruda, Italo Calvino, e tantos, tantos outros.


(Vizinhos Literários) Por último, gostaria que deixasse uma mensagem para os escritores nacionais.

Escrevam! Os leremos, sempre, com a alma em flor!



segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Entrevista com W. Donadon

Olá, leitores

Hoje recebemos o escritor W. Donadon que nos conta sobre sua série "A Lenda de Högni" e suas descobertas no mundo literário.


(Vizinhos Literários) Li que sempre gostou de livros, mas quando exatamente surgiu a necessidade de escrever um?

Necessidade é uma palavra meio forte. [risos] Adoro ler e sempre me vi escrevendo. Tinha vontade desde pequeno então não sei como definir exatamente desde quando senão com a expressão: “Desde sempre!”.


(Vizinhos Literários) No processo criativo de “A Lenda de Högni” se inspirou em alguém para criar as personagens?

Alguns. Como disse numa outra entrevista, poderia dizer que o Henri é inspirado em mim, mas só em ideais e dúvidas, etc. Ele cresceu com a escrita e se tornou algo mais interno, mais intenso. A Beatriz é meu ideal de perfeição numa garota: bonita, corajosa, doce... Não me inspirei em ninguém nela, pra falar a verdade, só em devaneios. [risos] Em questão de aparência sim. Costumo brincar dizendo que a cada livro que escrevo me inspiro em uma “musa”. Héstia foi inspirada em uma das minhas atrizes preferidas, Kristen Bell. Já no segundo livro escolhi Nicole Scherzinger para inspirar a deusa egípcia Néftis.


(Vizinhos Literários) “A Lenda de Högni – Cinturão de Adhara” é o seu livro de estreia, mas teremos uma série de cinco volumes. Como tem sido a aceitação por parte dos leitores? O que eles podem esperar dos próximos?

A série da jornada de Högni, na verdade, serão quatro volumes, mas na revisão de “O Cinturão de Adhara” decidi escrever um livro anexo com três histórias que esclarecerão algumas coisas do primeiro livro. Digo que são 4+1. [risos] A aceitação tem sido ótima. Não posso reclamar de nada, a cada comentário que recebo é um elogio diferente e quem leu (desde leitores até resenhistas) têm falado muito bem e dito que estão ansiosos para o próximo. Às vezes me pergunto “Será que eles estão lendo o livro certo?” [risos]. Os que leram e gostaram podem esperar um segundo livro mais dinâmico, que varia o ponto de narração entre Högni e uma garota que aparecerá. Podem esperar personagens mais sombrios... Podem esperar que eu estou fazendo meu máximo para não decepcionar ninguém. [risos]


(Vizinhos Literários) Reconheço que não é nada fácil ter um livro editado no Brasil. Conte aos leitores do blog sobre o seu processo para conseguir uma publicação.

Foi complicado. É um processo lento e desanimador. Algumas editoras chegam a pedir um ano para analisarem seu livro. Eu mandei para duas e fui recusado. Até que consegui. É desanimador, mas gratificante depois. Muito gratificante!


(Vizinhos Literários) W. Donadon, antes de sentar-se diante do computador ou de folhas em branco, cultiva algum ritual, como por exemplo, precisa de um ambiente mais calmo?

Não tenho um ritual. Simplesmente espero a inspiração vir e começo a escrever. Algumas vezes ouvindo músicas (algumas frases, trechos ou contextos me ajudam a compor um clima no capítulo), algumas vezes em silêncio. De qualquer jeito: quando a inspiração vem, eu escrevo.


(Vizinhos Literários) Compararia o seu amor pelos livros a que?

Não sei se é uma comparação plausível, mas já falaram que eu seguro meus livros como se fossem meus filhos. [risos] Eu sempre os tenho num lugar seguro, que eu saiba que não vão estragar ou sumir. Pra mim é como se fossem sagrados.


Pergunta Especial:

(Vizinhos Literários) Se presenciasse a destruição da biblioteca de Alexandria seria capaz de...


 ...entrar lá para tentar salvar alguma coisa que fosse. Ou iria enfartar só... [risos]





Sinopse - A lenda de Hogni - O Cinturão de Adhara - Vol. 1 - W. Donadon



Quando uma nação de deuses é colocada em risco de guerra contra uma titânide poderosa esquecida, aprisionada num cinturão, Högni é marcado pelo destino como o único capaz de proteger o artefato e salvá-los do problema. Entretanto o cinto acaba inesperadamente sendo usado e a violenta Adhara se liberta com intenções de tomar posse daquela oculta e ancestral dimensão paralela, dominando os continentes e escravizando o povo. A antes fria união e sólida confiança entre as divindades se abala e alguns optam por apoiar a causa inimiga. Agora cabe ao jovem lutar contra sua mais perigosa oponente e proteger os deuses, cumprindo o que foi profetizado, ou sofrer as graves consequências.



Mais informações sobre W. Donadon e seu livro:




quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Entrevista com Bento de Luca

Olá, vizinhos literários

Os invasores do blog de hoje trata-se de dois autores que querem apresentar ao mundo a magia de uma nova história. Amanhã ele lançam oficialmente o livro "O Príncipe Gato" e nos conta um pouco sobre suas expectativas.




(Vizinhos Literários) Amanhã é a estreia oficial do livro “O Príncipe Gato” e não posso deixar de perguntar, o que esperam daqui para frente?

Em primeiro lugar devo dizer que é uma grande emoção! Difícil descrever a sensação... Estamos muito empolgados com o lançamento desse nosso primeiro livro! O que esperamos daqui para frente é que os leitores apreciem a nossa estória, e que se deliciem com a trajetória do nobre Príncipe Gato que, já adianto, está apenas começando!




(Vizinhos Literários) Conte-nos sobre os autores subentendidos no nome “Bento de Luca”.

Para quem não sabe “Bento de Luca” é o pseudônimo adotado por dois autores e primos: “Marcelo Siqueira Silva” e “Gustavo Costa de Almeida Siqueira”! Optamos pelo uso de um único pseudônimo por acreditar que o “O Príncipe Gato” é uma completa união de nossas mentes! Queríamos um nome que passasse a energia correta, que vibrasse de forma agradável. Após muita discussão chegamos onde queríamos: Bento de Luca!



(Vizinhos Literários) Como funciona a parceria de vocês na hora da composição de um trabalho.

Eu diria que ela flui como as águas de um rio. Temos grande afinidade. Crescemos juntos! Nossas ideias são sempre muito parecidas e complementares. O fenômeno da telepatia às vezes acontece também! (Risos) Mas falando diretamente sobre a mecânica de criação em si... A estruturação do livro, o roteiro, a composição dos personagens, tudo é feito em conjunto. Não existe aquilo de “Ah, você cria um personagem e eu crio outro!”, não, tudo é desenvolvido pelos dois. Com o roteiro bem arquitetado, mergulhamos nos capítulos individualmente, em uma ordem preestabelecida, mas, de todo modo, cada capítulo acaba passando pelas mãos dos dois... No final das contas tudo fica homogêneo; e isso é muito importante!



(Vizinhos Literários) Uma característica que me chamou a atenção em “O Príncipe Gato” é o uso da cidade de São Paulo como cenário. O que o levou a essa escolha?

Nascemos e vivemos em São Paulo. Temos, portanto, autoridade para descrever detalhadamente e de forma bastante precisa sobre os locais e costumes da cidade. Deste modo, as pessoas que aqui vivem acabam se identificando com os lugares mais conhecidos, e as que ainda não tiveram a oportunidade, podem vir a conhecer. Aproveitamos para explorar alguns locais famosos como a Av. Paulista, a Catedral da Sé, o Parque Trianon-Masp, o Cemitério do Araçá, Estações de Metrô, dentre outros, envolvendo-os em uma trama de mistérios que fará os leitores se intrigarem. É comum vermos escritores nacionais ambientando suas histórias em outros países. Por que não criarmos uma história fantástica no Brasil, em São Paulo? Essa é a nossa aposta, esse é o diferencial de “O Príncipe Gato”!



(Vizinhos Literários) No processo criativo da personagem central do “O Príncipe Gato” se inspiram em alguém?

Na realidade, esse primeiro volume é narrado por três personagens, o humano Hugo, o nobre Príncipe Gato, e o sábio roedor Eleanor. Não buscamos inspiração em alguém especificamente, mas muito acerca da personalidade dos personagens, em especial do jovem humano, tem a ver com nossas próprias características como indivíduos, nossas vivências, e claro, nossas concepções sobre os arquétipos. Falando agora diretamente sobre a personagem central, o Príncipe Gato, com toda a certeza ela foi concebida com base na observação e estudo do comportamento felino. Toda essa característica de independência, elegância, muitas vezes arrogância, mistério... Ou seja, observação e uma boa dose de imaginação são os elementos principais que utilizamos para arquitetar nossos personagens.



(Vizinhos Literários) “O Príncipe Gato e a Ampulheta do Tempo” é primeiro de uma trilogia. Já estão trabalhando nos próximos volumes?

Exatamente! Já estamos trabalhando em cima do segundo volume da trilogia “O Príncipe Gato e a Flor-Cadáver”! Na realidade já temos o “esqueleto” completo da trilogia, o que é importante para enlaçar toda a trama. Esse segundo volume será um pouco maior com relação ao primeiro! O que posso revelar é que ele será ambientado em Marshmallow, o reino do Príncipe Gato, e que alguns pontos que ficaram “meio sem respostas” serão revelados. Essa é a grande graça de trilogias e séries... 



(Vizinhos Literários) Separadamente, definam “O Príncipe Gato”.

Marcelo Siqueira: Simplicidade, reflexão, magia e humor.

Gustavo Almeida: Uma estória leve, envolvente, às vezes engraçada, às vezes dramática, com poucos personagens, porém de características marcantes, que se passa em um cenário conhecido para os brasileiros e paulistanos, o que traz mais proximidade com o leitor nacional.






O Príncipe Gato e a Ampulheta do Tempo


Através de um Buraco de Minhoca — túnel dimensional que interliga dois mundos — localizado no Parque do Trianon, São Paulo, surge um viajante felino movido por uma única e importantíssima missão: a busca por uma lendária ampulheta. Escondida em algum local inóspito da cidade, a relíquia é a única capaz de salvar Marshmallow, terra do Príncipe Gato, que está à beira da destruição. No entanto, parece que ele não foi o único a atravessar o portal. Seres malignos irromperam das barreiras e logo declararam uma caçada voraz, com objetivos mais sombrios... Além de seus perseguidores, o Gato luta contra seu maior inimigo: o Tempo. É preciso encontrar este objeto antes que seja tarde e seu mundo esteja para sempre perdido. Contudo, ele não estará sozinho nesta empreitada e poderá contar com a ajuda de seus fiéis companheiros. Fascinante, angustiante e até mesmo engraçada, a história retrata os mistérios jamais desvendados da cidade paulistana, com um toque de magia e esperança. 




Mais informações sobre Bento de Luca e "O Príncipe Gato":


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segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Entrevista com Eduardo Bonito

Olá, vizinhos literários

Hoje venho lhes apresentar uma entrevista que fiz com Eduardo Bonito, editor da Editora Literata. Por coincidência, é aniversário dele, então deixo meus parabéns e agradeço pela atenção ao blog. Espero que gostem.  


(Vizinhos Literários) Conte-nos um pouco sobre suas experiências literárias.

Bem... Estou no meio cultural em geral dês dos meus 15 anos onde sempre mexi não só com literatura mas com música, cinema e teatro onde tem roteiros e adaptação de contos meus para o teatro, participei de diversas antologias desde antologias de poemas, contos e crônicas, concursos literários diversos, tenho dois romances editado, escrevi artigos para um jornal e trabalhei em duas editoras onde uma faliu e meus amigos me incentivaram a abrir a Literata que já esta  a 5 anos no mercado editorial.


(Vizinhos Literários) Qual o maior desafio hoje para quem pretende abrir uma editora?

Abrir editora hoje em dia é fácil o duro e você se manter no mercado editorial editando algo com qualidade literária é fazer um trabalho honesto, transparente e bom no mercado, ou seja, o desafio maior é se manter no mercado separando arduamente o joio do trigo e não ser um caça níquel de autor.


(Vizinhos Literários) A Editora Literata tem um catálogo rico em livros sobrenaturais, mas encontramos antologias poéticas entre outros temas. Pretende manter essa marca ou vai diversificar os títulos?

Nos sempre variamos os estilos literários tanto que nos da Literata começamos a editar primeiro livros de poesias e crônicas depois que fomos abrindo o nosso leque para outros estilos literários.


(Vizinhos Literários) Nos últimos anos conseguimos perceber uma valorização aos escritores nacionais e a Literata tem mostrado esse diferencial. Acredita que o mercado editorial ainda tem muito a se ampliar?

Sim, acredito temos muitos autores bons surgindo, mas como disse anteriormente temos que saber lapidar e muito bem este mercado.


(Vizinhos Literários) O que pode nos adiantar dos próximos lançamentos da editora.

Ano que vem teremos muitas antologias novas e lançamos novos autores no mercado e duas autoras já conhecidas por nos Susy Ramone e a  Georgette Silen que nos presenteara com novas obras. E já estamos divulgando novas antologias a Angelus organizada por mim e Georgette Silen e Versos Vampiricos organizada por nosso novo parceiro Eddy Kaos e a antologia Crônicas Fantástica organizada por nosso parceiro Cristiano Rosa.
Essas são algumas das muitas novidades para 2012.

(Vizinhos Literários) Se pudesse dar um conselho aos escritores que estão buscando por uma editora, o que diria?

Pesquisem sempre e busquem a originalidade mostrando assim um diferencial em sua obra.


Editora Literata já esta no mercado a um tempo mostrando sempre transparência, somos uma editora de demanda onde o autor não paga para editar sua obra, frisamos sempre que buscamos crescer em conjunto com o autor tendo o diferencial de deixá-lo livre para opinar sobre capa, diagramação etc. Ou seja o autor coloca literalmente a mão na massa conosco.
Este ano fecharemos com chave de ouro, pois lançaremos em novembro o novo livro do Marcelo Paschoalin A ÚLTIMA DAMA DO FOGO EDIÇÃO ESPECIAL dia 26/11 na FUNBOX LUDOLOCADORA e em dezembro na Martins Fontes Paulista no dia 3/12 os livros: Encruzilhada do grande ativista cultural Ademir Pascale e a Antologia Metamorfose II organizada também pelo Ademir. O ano que vem a Literata participara de diversos eventos pelo Brasil sempre ampliando seu ciclo de parcerias e divulgação de suas obras e claro lançando sempre novos autores.

Encontre mais informações sobre a Editora Literata em: 


quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Entrevista com Raquel de Camargos

Olá, Vizinhos Literários.

Hoje apresento a vocês uma pessoa muito querida por mim. Como amante de literatura a biblioteca é minha segunda casa. Este ano conheci Raquel de Camargos, bibliotecária da “Biblioteca Comunitária Ler é Preciso Mestre Aleijadinho”, e sempre ela traz belas palavras para comigo. Agora quero que vocês a conheçam um pouco.


(Vizinhos Literários) A História nos conta que os antigos povos ocidentais guardavam seus escritos fechados ao povo. Os primeiros livros colocados a disposição do público estavam na Grécia e na Roma Antiga. Voltando à nossa realidade atual, qual na sua opinião é a importância de uma biblioteca dentro de uma comunidade?

Toda. Primeiro porque ler é humano e por ler ser humano livros devem estar em todos os lugares e em todas as partes para que a literatura esteja comungando com a vida do ser humano a todo momento. Tudo que precisa, você tem que ler para se orientar e a biblioteca nada mais é do que a apresentação dos livros daquele que escreve. Assim ela se faz necessária pela diversidade, pelo gosto de cada um, porque para cada escritor tem um leitor e nós somos os grandes divulgadores da boa literatura, nós apresentamos os livros para aqueles que gostam de ler.


(Vizinhos Literários) O nascimento das bibliotecas, como já dissemos datam  de séculos atrás. Com o avanço tecnológico temos acompanhado o surgimento de aparelhos que descartam o livro impresso. Acredita que esse avanço pode ocasionar a escassez nas bibliotecas?


Infelizmente existe a biblioteca eletrônica, nada contra, mas nada a favor. A biblioteca eletrônica simplesmente traz um sentido de fingir ler. Você não consegue ficar com os olhos grudados na tela o tempo todo. Ali o que você não que ler é facilmente descartado, como nas páginas de um livro, mas no livro na medida que você vai lendo aquilo que pulou é retornável com mais prazer. No livro impresso você tem um contato físico e íntimo. Abre na hora que quer e fecha na hora que quer. Não tem nada para diversificar sua leitora, no computador esquece o livro visitando outros sites, blogs ou entrando em um bate-papo. Espero que as bibliotecas continuem, porque ela são necessárias.


(Vizinhos Literários) O que mais a motiva a estar trabalhando nesse ambiente?

Amor a leitura. Eu, desde minha adolescência, já era uma leitora ativa e participei do nascimento dessa biblioteca cursando. O fundamento da “Biblioteca Comunitária” é totalmente literário, e ela é uma biblioteca onde às vezes fazemos brincadeiras para estimular a leitura. Nós buscamos mais leitores com esse estímulo diferente do convencional, que é aquela biblioteca onde existem normas ao contato com o livro. Ela sai do convencional, voltando para a biblioteca tipo caseira de lazer. Pode ser que eu não me afine muito bem em outra biblioteca, gosto de deixar os livros bagunçados para que as pessoas possam pegá-los nas prateleiras. É uma das coisas que mais me agrada e quando vocês chegam aqui e eu falo para escolherem o livro que quiserem. É esse o diferencial que atrai mais leitores.


(Vizinhos Literários) Para os leitores do blog que estão buscando uma boa leitura, quais os autores nacionais que indicaria?

Jorge Amado é o meu predileto. Clássicos como Machado de Assis, Visconde de Taunay, Carlos Drummond de Andrade, Fernando Sabino, Jonas Ribeiro. Eu gosto de quem escreve. (risos)


(Vizinhos Literários) Em uma palavra:

Páginas? Essência

Prateleiras? Amostra

Biblioteca? Prazer

(Vizinhos Literários) Gostaria que por último, deixasse uma mensagem aos que ainda acreditam no livro como arma de divulgação, mudança.

Ler é Humano

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Entrevista com Vítor Scaramella

Hoje quem invade o blog Vizinhos Literários é o autor do livro, "Rookie - Os bastidores da "Bella" Máfia", Vítor Scaramella. Ele nos conta um pouco sobre sua obra e fala abertamente da política brasileira.

 

(Vizinhos Literários) Conte-nos um pouco sobre o surgimento da ideia para escrever “Rookie – Os bastidores da “Bella” Máfia”.

O que despertou esse interesse, logo de início, foi a relutância do povo em crer na existência da máfia italiana no Brasil. Fui aperfeiçoando a minha técnica através de estudos e investigações próprias, até que cheguei ao ponto exato do que queria descrever. Assim sendo, depois de alguns percalços cheguei à conclusão de que explicaria tudo que aprendi durante minha formação acadêmica, só que de uma maneira mais divertida, recheada de sacadas irônicas e ação. Por sinal, dia vinte deste mês o projeto completará três anos, muito bem empregados em quatro livros. Honestamente espero que gostem da estória, pois fiz o máximo que pude para chegar ao ponto mais prazeroso possível, e assim descrever a atual situação do povo brasileiro, assim como os bastidores da alta sociedade... especialmente a carioca.



(Vizinhos Literários) Quais suas maiores influências literárias e até mesmo pessoais?

Quanto à influência literária, sem sombra de dúvidas me guio pelo mestre Mario Puzo. Li quase todas as suas obras. No entanto acho que todos os autores que lemos pela vida nos doam um pouco da sua arte, por isso não tem como elencá-los, uma vez que me perderia entre os ditos “profissionais” e “amadores”.  Sobre a influência pessoal, estamos no Brasil, então ideia é o que não falta, certo? Aqui, nós vemos Máfia de vários tipos, que vão do narcotráfico àquela mais inacreditável, referente ao desvio e roubo de material e merenda escolar. Aqui, neste belo país, onde temos o carnaval e o Maracanã, também convivemos com a morte de três prefeitos do Estado de São Paulo, friamente executados... e o pior, nada foi feito. Um exemplo clássico do que digo foi o caso do ex-prefeito Celso Daniel. Além dos vários tiros que levou, sete pessoas envolvidas na investigação foram assassinadas, e, beirando a história dos filmes mais surreais, em Agosto de 2010 a promotora responsável pela investigação sofreu um atentado em uma via expressa de São Paulo. Por sinal e infelizmente, não paramos por aqui. Acabo de ver que o pré-candidato a prefeito de Jandira, assim como o ex-prefeito, também foi executado por pistoleiros. Preciso de mais influência?

(Vizinhos Literários) Um dos temas relatados em seus textos, é a máfia. Quando se interessou pelo tema?

Desde que me entendo por gente! Sabe como é, né? Venho de família italiana, então essa curiosidade sempre figurou no meu imaginário. Me lembro de quantas noites viajei pensando em como era a vida levada pelos meus antepassados na velha bota. No entanto, o grande culpado por essa obra foi,  certamente, o próprio Puzo -  assim como o grande Copolla. Esses caras são geniais, e com uma sutileza incomum, possivelmente apoiada pelos próprios mafiosos da época, transformaram um criminoso sem escrúpulos num homem ético.  De Chefe da Família, Don Corleone foi transformado em chefe de família.

(Vizinhos Literários) Atualmente não nos é relatado de modo, pelo menos explícito, a palavra máfia no Brasil. Na composição de “Rookie – Os bastidores da “Bella” Máfia” descobriu um histórico nacional que poderia nos contar?

Antes de tudo gostaria de esclarecer que a palavra Máfia não era utilizada pelos próprios “mafiosos”. Eles preferiam a alcunha de “amigos”. Eles se referiam ao clã de maneira genérica como “amigo dos amigos” que, por sinal, é até o nome de uma facção criminosa no Rio de Janeiro. Quanto ao surgimento dessa palavra, se não me engano ela é oriunda da Sicília no século XIX, mais precisamente do termo árabe “mahyah”.
Deste modo, a palavra “mafia” (que erroneamente é associada a uma sigla) pertence a um dos inúmeros dialetos sicilianos, cujo significado é o de insolência, audácia, ousadia e atrevimento.
 Bom, voltando ao tema original da pergunta, sobre a máfia no Brasil: até poderia falar mais sobre o tema, no entanto tem uma matéria da revista Abril que é bastante interessante e pode sanar várias dúvidas. Vou deixar um trecho e logo abaixo o link completo:
“ Na década de 1950, um capo italiano foragido da polícia resolveu se esconder nas praias do Rio. E foi assim que a máfia chegou ao Brasil.  Antonino Salamone foi um dos diretores da Cosa Nostra durante as décadas de 1960 e 1970. Em 1963, depois do Massacre de Ciaculli, quando sua organização matou 7 policiais italianos em um atentado à bomba, Salamone veio se refugiar no Brasil. No Rio de Janeiro, ele se aliou a Castor de Andrade, então com 37 anos. Da aliança entre os dois, surgiria a máfia brasileira.”


(Vizinhos Literários) Seus textos trazem traços de discussões políticas. Percebemos tantos jovens se distanciando cada vez mais do expressar da opinião referente à mesma. Como o seu trabalho se apresenta diante das questões políticas nacionais e mundiais?

Como dito anteriormente, o maior objetivo do livro é trazer da maneira mais divertida possível a discussão política para dentro do dia-a-dia de cada cidadão brasileiro. Durante cinco anos, no decorrer da minha formação acadêmica, respirei o estudo da política, assim como a formação dos Estados e do sistema econômico vigente. Deste modo, como Assistente Social, me vejo na obrigação de participar, independente do canal, da emancipação do sujeito crítico. 
Sobre o livro, além de mencionar a globalização da Máfia, também considero o trabalho bem atual. Ele relata a forma como certas quadrilhas controlam algumas organizações não governamentais, e se beneficiam disso para conseguir acesso ao voto das comunidades assistidas, em pleno 2003. Uma coisa que deve ser bem especificada é que o Brasil se tornou o país da coincidência, e nas estranhas do crime organizado, até os mais leigos sabem que ela não existe.

(Vizinhos Literários) Ainda não publicou o seu trabalho, mas sei que pretende fazê-lo. O que espera do mercado editorial?

O Brasil, mesmo não sendo um país de leitores assíduos, pelo que soube tem um número de publicações bem maior que de alguns países desenvolvidos, como a própria Itália, por exemplo. Entretanto, como a oferta acaba sendo maior do que a procura, nós escritores das terras tupiniquins não podemos nos dar ao luxo de viver da própria arte (tirando Paulo Coelho, é claro...).  As oportunidades, mesmo que de maneira vagarosa, estão sendo abertas, tanto fisicamente como pela internet, através de editoras on-demand (imprimem sob demanda). Todavia a questão chave é: - Quando será que os escritores e os demais artistas brasileiros poderão viver da arte? Infelizmente não sei te responder, mas espero que seja em breve. Já estou ficando velho! 

(Vizinhos Literários) Já que falamos sobre máfia e política, gostaria que deixasse algumas palavras sobre o que aguarda para o futuro do Brasil.

Na minha modesta opinião, é difícil acreditar numa democracia na qual você é impelido a votar e se alistar nas forças armadas, certo? Mas deixando isso de lado, eu no passado enxergava um país dominado pelas trevas, quando de maneira inocente (em 2002) vi a mobilização popular trazer a conquista histórica de um presidente que aparentemente representava a massa. Nessa época, senti a chama do povo brasileiro ressurgir.

Agora em 2011, quase 2012, vejo que pouco mudou e, por um lado,acabamos enganados, pois com a mesma mão que o governo dá (diminuição da desigualdade social e aumento do IDH através de programas de transferência direta de renda), ele também tira, uma vez que em seu mandato os bancos lucraram como nunca e pequenas privatizações foram feitas sem o mínimo do conhecimento popular. Isso sem mencionar a rotineira e calamitosa situação da educação e saúde pública.
Independentemente de um REUNI ou PROUNI, onde o governo buscou apelo midiático, em momento algum ampliou devidamente o número de professores ou a própria infra-estrutura das faculdades federais. Muito pouco foi investido para que os cidadãos possam caminhar com as próprias pernas. Honestamente, não sei até que ponto as políticas públicas brasileiras não são apenas medidas populistas, que visam votos e assim assumindo uma postura crônica e continua.
Ainda que a situação seja difícil, não podemos nos deixar abater. Aos poucos, a população está se indignando e buscando seus direitos, e só dessa maneira conseguiremos mudar o rumo que as coisas estão tomando. Não é à toa que em onze meses de governo Dilma a faxina dos ministérios já levou seis ministros, sendo que cinco por denúncias de irregularidades.

Parece sonhar demais. No entanto, até a utopia se faz indispensável, uma vez que, se não buscarmos a ação no sentido racional, jamais teremos algo palpável como a mudança social, baseada num desenvolvimento que abrange desde a justiça social ao acesso ao conhecimento. 


Rookie - Os bastidores da "Bella" Máfia.


   “Oriunda da Sicília no século XIX (mais precisamente do termo árabe “mahyas”) a máfia ainda reside no imaginário comum do povo brasileiro até os dias de hoje, contudo  após  diversos filmes  e documentários seu significado permanece nebuloso e poucos realmente sabem o que ela é. Não se iluda, a máfia é apenas mais uma forma de fazer dinheiro,  também gerando poder e conseqüentemente influência política. Então lhes afirmo que o verdadeiro crime organizado é praticamente indetectável. Ele está em você, entre seus familiares e nas mais simples ações corruptas! Talvez numa doação, em meio a um assalto ou quem sabe até num saco de cimento. Meu caro, a máfia está em tudo! Realidade ou não... Se a vida já vale pouco, imagine para quem vive nesse meio onde o dinheiro só se lava com sangue...” 
          Independentemente de índole, classe social ou credo religioso essa guerra não se restringe apenas as facções em geral. Infelizmente os mortos não são criações literárias e dias após dia tombam pelas ruas do Brasil a fora. Deste modo, com a função de expor os bastidores da alta sociedade sem o glamour apresentado nos filmes de Coppola. Il Rookie constitui o retrato fiel da realidade brasileira, desmascarando como a influência do grande escalão afeta diretamente a vida de qualquer cidadão, banalizando a violência e incorporando-a ao nosso cotidiano como uma conseqüência natural. 


Encontre mais informações sobre Vítor Scaramella e sua obra:


Página oficial do livro Facebook 


Recanto das Letras

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Entrevista com Denis Lenzi

O Entrevistado de hoje é Denis Lenzi, autor do livro "O Entregador de Bonecos". Ele nos conta um pouco sobre suas influências. Denis nasceu na cidade de Blumenau, Santa Catarina em 1975, onde reside até hoje. Aos 13 anos descobriu sua paixão por literatura, quando ganhou sua primeira máquina de escrever.




(Vizinhos Literários) Uma coisa que sempre vou perguntar aos escritores que passarem por aqui é sobre a descoberta pela paixão aos livros. Com aconteceu com você, Denis?

Em primeiro lugar, gostaria de agradecer pela oportunidade de ser entrevistado por você e permitir que os leitores do blog Vizinhos Literários possa conhecer um pouco sobre de mim e da minha obra.

Respondendo a sua pergunta, a minha paixão pelos livros começou quando eu tinha 13 anos, no tempo em que eu estudava. Eu lia os livros da série vaga-lumes como O Mistério dos Morros Dourados, Zezinho, o dono da porquinha, e mais outros cujos títulos já não me lembro bem. Mas foi por causa disso que despertou o meu interesse pela leitura. Fiquei encantado e comecei a interessar pelos livros, como as obras de Stephen King, Edgar Allan Poe e outros autores com gêneros  voltados ao  terror e fantasia, porque estava muito fascinado por esses mundos imaginários; ficava encantados pelo modo como as histórias eram narradas. Também lia os livros de Paulo Coelho e também outros gêneros, principalmente o gênero de drama com toque de realismo fantástico.

(Vizinhos Literários) Li que é fã de Tim Burton, Steven Spielberg e Guilherme Del Toro e que gosta do estilo musical “new age eletronic”. Essas são algumas das suas principais influências na hora de compor um novo trabalho?

Sim, elas serviram como uma grande fonte de inspiração para desenvolver o meu trabalho. Quando comecei a escrever o livro “O Entregador de Bonecos”, visualizei a história toda bem ao estilo Tim Burton, como o eterno céu nublado, o tempo chuvoso, as cores do casaco do protagonista em contraste com o cenário sombrio, violento e cinzento, e os bonecos de pano coloridos... Enfim, o clima da história remetia aquele ar fantasioso sem deixar a realidade de lado. Eu me inspirei o diretor Spielberg por causa das presenças das crianças e sua inocência, o fascínio pela magia e encanto dos anos 80. E o Guilherme Del Toro, por sua vez, traz uma mistura que tanto me fascina: o de sublime fantasia e horror. Embora não haja horror em meu livro, mas há algumas presenças de violências que atingem as pessoas tanto emocionalmente quanto espiritualmente. E para captar os sentimentos e caracterizar os personagens, as músicas new age eletronic, por ser enigmáticas e envolventes, quase como uma ópera etérea e psicodélica, me ajudou bastante a desenvolver o trabalho. E foi assim que nasceu o livro.

(Vizinhos Literários) Eu já tive a oportunidade de dizer o quanto gosto da arte na capa do seu livro. Na semana passada “O Entregador de Bonecos” foi eleito no PerSe neste mesmo requisito. Quem são os responsáveis e qual a importância de se ter uma boa capa?

A capa foi desenvolvida pela Marina Ávila. Tinha uma capa feita por mim, mas senti que faltava coisa na capa, algo que demonstrasse o mundo imaginário e ao mesmo tempo real, vivo, belo, romântico (sim, a história tem alguns momentos românticos, que é entre David e Mayra), encantador, e decidi procurar alguns capistas através do mecanismo de busca do Google até que me deparei com algumas capas fantásticas pela Underworld, e quando descobrir o nome da design gráfica, pensei sem hesitar: “É essa menina que eu devo confiar o trabalho dela.” E eu sabia que ela possuia as mãos mágicas para criar. E quando ela mostrou uma imagem que ela tinha encontrando, fiquei encantando e ela então explicou que seria bom ter uma capa diferente, mostrar “a vida” dentro do boneco olhando para a moça. E o pano que cobre nos olhos dela indica a presença do material. A moça da capa  poderia ser qualquer personagens do livro, foi contemplada por um boneco mágico e dai vem aquele sorriso. A princípio, as pessoas ao ver a capa, achariam que se tratava um livro de terror..rsss...mas não é. Apesar da dualidade da capa, combinou perfeitamente o clima da história que é sombria, violenta e ao mesmo tempo bela e encantadora, que traz mensagem muito positiva. Por isso, achei muito importante ter uma bela capa que representasse o universo imaginário que há dentro do livro.

(Vizinhos Literários) Quando escreveu “O Entregador de Bonecos” se inspirou em alguém na criação das personagens?

Algumas personagens, sim. A avó do protagonista, realmente existiu, porém com nome trocado. Ela foi a minha antiga vizinha que criava os bonecos (as), dezenas delas espalhadas por todos os lados da sala dela, e tinha uma amiga que sempre a visitava para ajudá-la. As duas eram idosas e tinham mudando para outro lugar e desde então não soube mais delas, acredito eu, que elas já tenham falecido quando comecei a escrever. E o protagonista, David Forlin e alguns personagens que surgem no livro são frutos de minha imaginação, mas que foram inspirados um pouco a vida de cada pessoa que conheci, incluindo eu.

(Vizinhos Literários) Para os leitores que pretendem publicar um livro, quais as vantagens de se publicar por meios alternativos?

Vou ser sincero com os leitores: publicar livros por conta própria aqui no Brasil é muito  trabalhoso e tem hora que da vontade de desistir. Escrever um livro e publicá-lo – pronto! já estarei ganhando uma boa grana. Mas não, não é assim que funciona. É preciso investir no seu livro, saber como usá-lo e o que pretende fazer para ele chegar ao leitor. É isso que dá mais trabalho. É preciso ter força e acreditar no potencial do seu trabalho, mantendo a chama do seu sonho sempre acessa, na esperança do seu livro ser materializado e estar nas mãos dos leitores; não importa “quantos lerão”, isso já um grande passo, uma vitória. Publiquei meu livro por algumas editoras sob demanda, de todas que experimentei foi a Perse que mais me agradou pelo seu atendimento e qualidade do livro, que chega ter a mesma qualidade daquele do publicado pela editora tradicional. Meu livro não teria nenhum conhecimento pelos leitores se não fosse pela formidável e batalhadora Adriana Vargas Aguiar, a escritora e coordenadora do Clube dos Novos Autores, a qual me convidou a fazer parte como um dos autores e administradores do blog, e isso me ajudou muito o meu livro ter o alcance do público, porque sozinho você não chegaria a nenhum lugar. É muito bom estar em companhia dos outros autores para ajudar e apoiar uns ao outros a fim de que todos cheguem a algum lugar. Estamos no mesmo barco que segue a mesma direção à procura do Porto do Reconhecimento, da Vitória e do Sucesso nos esperam.

(Vizinhos Literários) “O Entregador de Bonecos” é o seu primeiro livro publicado, já está trabalhando em outro romance que possa nos adiantar alguma coisa?

Tenho alguns romances, algumas ideias, porém indefinidas. Pretendo dar uma continuidade à série do Entregador de Bonecos, mas tudo depende da aprovação dos leitores. Escrevi alguns rascunhos sobre o que viria a acontecer quatros anos depois da aventura de David Forlin, e a história já mostra outro rumo que é o fim da inocência. O clima tende a ser mais sombrio do que o primeiro, um pouco mais violento e com obstáculos ainda maiores, mas sem deixar a mensagem positiva de lado. Vamos ver como fica.

(Vizinhos Literários)  Não possuí nenhuma formação acadêmica, vindo a se considerar um autodidata. Qual o seu conselho para quem está querendo escrever e acredita que esse possa ser uma barreira?

O meu conselho é: Tem que gostar do que faz. Fazer por prazer, por diversão e também pelo autoconhecimento. Não tenho formação acadêmica, nem curso de contos, ou letras.  Não frequentei curso porque achava que a carreira de ser escritor não seria promissora e precisava trabalhar para sustentar a minha família. Então decidi escrever histórias apenas por hobby, divertir, esquecer o mundo lá fora e mergulhar no mundo imaginário criado por mim, vou aprendendo a conhecer lugares, culturas, curiosidades. Escrevi várias histórias malucas, algumas muitas boas que infelizmente as perdi, o que me obriga a reescrevê-las. Porém, o que mais trabalhei mesmo foi O Entregador de Bonecos, por ser algo pessoal, por causa da sua história bastante abrangente e emocional. Foi o único livro que me consumiu por quase 17 anos por ser reescrito várias vezes; muitas pesquisas sobre lugares determinados, contatos com moradores dos Estados Unidos, novos elementos e novos personagens. Isso sim é gostar do que se faz.

Agora, as barreiras que temos são os editores, pois eles, infelizmente, pouco enxergam os potenciais dos autores nacionais, preferindo investir apenas nos de fora, por terem livros mais divulgados e vendidos por lá, o que influenciou nos leitores brasileiros. Mas, apesar disso, há muitos deles interessados nas obras nacionais, graça aos incentivos dos blogueiros sobre o grande valor aos nossos autores brasileiros, coisa que há décadas atrás não acontecia e me surpreendo com a expansão do mercador editorial brasileiro. Vamos ver aonde isso vai dar e espero encontrar mais livros de autores nacionais nas melhores livrarias, por provar que eles sabem contar, sim, boas histórias. Basta acreditar nas obras nacionais.




O Entregador de Bonecos



Chegou a hora de acreditar em mim, quer você goste ou não. E, quando tudo acontecer, não sinta medo. O que irá ver é real, e não fruto de sua imaginação. “Eles” querem que você os leve para as crianças. Saberá onde encontrá-las. Os bonecos vão lhe mostrar. Confie neles. São seus amigos. Criei-os com todo amor, muito mais do que você pode imaginar. Se os bonecos pedirem sua ajuda, não recuse. Compartilhe-a com eles.


Depois do estranho pedido feito por sua avó, pouco antes de morrer, David Forlin, agora sozinho no mundo, se vê diante de uma importante missão. Custasse o que custasse, cumpriria a promessa feita à avó: entregar os cinco últimos bonecos criados por ela às crianças eleitas, que viviam em diferentes estados da América do Norte.

Nesta longa e obscura jornada de David, sempre acompanhado pelas lembranças de sua vida e de seu grande amor, ele tem a oportunidade de, na breve convivência com cada uma das crianças escolhidas para receber os bonecos, emocionar-se com elas e aconselhá-las, chamando sua atenção para os verdadeiros valores humanos e para o poder do amor, da fé, da esperança e do sonho. Uma verdadeira lição de vida. 

Por outro lado, nosso protagonista experimentará, também, momentos de perigos inimagináveis, que conspirarão contra a sua sorte. Esses episódios irão defrontá-lo com cenas de violência, tragédia e morte, onde parecerá incerto tudo o que o destino que lhe reservou. 

Em resumo, a história de David Forlin conduzirá o leitor a um mundo de aventuras, magia e suspense, convidando-o a participar de sua jornada, que, ao modificar substancialmente a vida do personagem, poderá também modificar sua vida, ao despertá-lo para o poder e os mistérios da imaginação.


Mais informações de Denis Lenzi e "O Entregador de Bonecos":

Twitter: @delenzi75

Blog: More Books e Small Coffe

Skoob: "O Entregador de Bonecos"

Site do livro