quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Revirando Acervos - Clássicos

Maurice - E.M.Forster



Título: Maurice
Autor: E.M. Forster
Editora: Globo
Ano: 2006
Páginas: 258
Tradutor: Marcelo Pen

Resenha:



O que faria um livro permanecer mais de cinquenta anos desconhecido?

“Não havíamos percebido que aquilo que o público realmente abomina na homossexualidade não é a coisa em si, mas o fato de ser obrigado a pensar nela.” E.M.Forster
     
     Descobri o romance após uma sessão de cinema clássico no canal Futura e logo assimilado atraiu-me a ideia por ler o livro. Um ponto importante em partida na discussão da narrativa devemos destacar que o personagem principal é um “homem comum” carecido de caracterização para que fosse dito homossexual. Isso se faz de tamanha importância quando pensamos no fundamento da pergunta pela qual comecei a escrever. Forster escreveu o livro entre 1913 e 1914, sendo publicado somente em 1971, após sua morte. Explica-se pelo fato da sociedade ainda estar muito fechada para o assunto e como é abordado no enredo.
     Maurice é um jovem britânico apaixonado por Clive. Seu amor é correspondido e quando esse termina, ele entra em desespero procurando por medicinas alternativas. Mais tarde começa um relacionamento com o guarda-caças de Clive, Scudder, tendo dificuldades em manter-se por suas classes sociais.
     Com certeza a depara-se com o final surpreendente, o leitor poderá compreender melhor a sina que seguiu seu autor e o porquê de dedicar o livro “... a um ano feliz”. O livro foi adaptado para o cinema nas mãos do diretor James Ivory, no ano de 1987. Campeão de vários prêmios, entre eles melhor diretor e melhor ator no Leão de Prata e ainda foi destaque no Festival de Veneza no mesmo ano de sua estreia, temos no elenco James Wilby e Hugh Grant. Para quem ficou interessado na história, sintonize no programa Cine Conhecimento do Futura, exibidos às Sextas, Sábados e Domingos. O longa está sempre sendo disponibilizado. 
     Por fim, uma nota a respeito da edição brasileira: A primeira edição foi pela editora Rocco em 1990, a qual não tenho muitos conhecimentos a respeito. A Editora Globo voltou a publicar o livro em 2006, com um prefácio de Ronald Polito, de extrema necessidade na compreensão da temática com que personagens homossexuais vem sendo empregados na história da literatura.
Nas notas finais Forster nos deixa: “Maurice talvez escape”.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Entrevista com Samanta Holtz


Olá Leitores,

Hoje posto uma entrevista que fiz com a escritora Samanta Holtz que publica seu livro "O Pássaro" neste ano. Espero que gostem e possam conhecer um pouco mais sobre ela.


(Vizinhos Literários) Quando descobriu a vontade ou inspiração para escrever um livro?


Aconteceu naturalmente! Desde pequena, sempre fui apaixonada por tudo relacionado a livros - ler, escrever, criar, imaginar. Aprendi a ler sozinha aos cinco anos, de tanto que eu tinha vontade de me envolver naquele mundo dos livros! Desde os sete, já fazia meus gibis e inventava personagens. Aí vieram as poesias, contos, reflexões... mas o primeiro romance, mesmo, começou a ser escrito aos 14, e se chama 'Renascer de um Outono'. Não sei dizer de onde vem esse amor pela literatura... talvez por eu ter nascido no Dia do Livro! (risos)


(Vizinhos Literários) Conte-nos um pouco sobre seu livro "O Pássaro".


"O Pássaro" é um romance de época que conta a trajetória de Caroline Mondevieu em busca do seu ideal de ser livre, com direito a todos os obstáculos dignos de uma boa história: perigos, aventura, segredos e a descoberta do amor. Caroline não tem nada da "mocinha sofredora"; ela parte com unhas e dentes em direção ao que deseja, contra tudo e contra todos. Para isso, tem que enfrentar seu pai, o cruel e poderoso barão de Mondevieu, e toda uma sociedade que espera que ela se porte como uma dama, quando sua alma pede exatamente o contrário.


(Vizinhos Literários) "O Pássaro" é um romance histórico. O que espera como resposta do público para com a história?

Até o momento, tenho recebido excelentes retornos! O público parece estar carente de histórias desse gênero e, com base naqueles que já o leram antes (conhecidos e desconhecidos), sinto que 'O Pássaro' tem tudo para encantar os leitores, pois mistura muitos elementos interessantes que prendem a atenção e despertam a curiosidade. Algumas histórias de época que li tendiam a ser tediosas, o que definitivamente não acontece em "O Pássaro"! (risos)


(Vizinhos Literários) Quais foram suas principais influências na composição desse trabalho?




Não tive influências específicas. As pesquisas que fiz foram voltadas apenas ao contexto histórico, para saber descrever corretamente os ambientes, os costumes e as pessoas. Mas só! Deixo minha imaginação absolutamente livre para criar, pois, embora seja ótimo termos referências e inspirações, na hora de criar, você precisa tomar o cuidado de se manter dentro do seu estilo. Quando admiramos muito determinado escritor, existe o perigo de seguirmos o estilo dele em vez de deixar o nosso próprio de florescer, que é o que fará diferença!


(Vizinhos Literários) Já me disse certa vez que demorou muito para ser aceita no mercado editorial. Como enfrentou esse desafio e acredita que as editoras estão abrindo espaço para os escritores nacionais?

Acredito que foi teimosia, da minha parte (risos). Desde o primeiro romance que concluí (com apenas dezesseis anos!), comecei a tentar aprovação nas grandes editoras. Apesar de ter propostas para publicações independentes, não adiantava, eu tinha certeza de que conseguiria do outro jeito (risos)! Passei um bom tempo sem procurar mais, apenas escrevendo - pois, mesmo com o sonho de ser escritora, jamais deixaria de escrever por ainda não ter conseguido publicar. Até que, em meados do ano passado, voltei a tentar e recebi alguns retornos positivos. Identifiquei-me com a proposta da Novo Século, através do selo Novos Talentos da Literatura, e aqui estou, prestes a realizar meu sonho!


(Vizinhos Literários) Divulgou há pouco tempo no seu blog o nome do seu próximo livro. Muitas ideias para esse ano?

Sim! Buscar a publicação de "Quero ser Beth Levitt" será um novo foco a partir da metade de 2012, se Deus quiser. Também tenho uma nova história em mente, para continuar a série "Corpo & Alma", e a revisão dos meus dois primeiros livros, preparando-os para também estarem à altura dos leitores que esperam por eles. Muito trabalho pela frente, mas isso só me anima; é o que mais amo fazer!


(Vizinhos Literários) O que o romance "O Pássaro" significa para a Samanta Holtz?

Desde que o concluí, percebi que "O Pássaro" tinha um 'algo a mais' em relação aos dois livros anteriores. Gosto de todos, mas sentia que este estava mais maduro, mais preparado para o mercado. Ao longo dos últimos anos, eu o revisei três vezes e me lembro até hoje a sensação que tive quando terminei minha última revisão; "Agora, está perfeito". Hoje, ele representa a realização de um sonho, a resposta para todos os meus esforços, para minha paciência, para minha fé em Deus. Minha carreira literária sempre esteve nas mãos d'Ele e eu tinha absoluta certeza de que tudo o que tivesse que acontecer viria na hora certa. Cada "não" foi importante, cada frustração foi essencial... sem eles, eu teria deixado de aprender muito e, hoje, essa vitória não teria, nem de longe, a mesma importância!

Encontre mais informações sobre a autora em:

Blog


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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Dica da Semana

Olá Leitores,

Essa é a primeira vez que posto essa coluna e espero que seja frequente toda semana. Apresentando livros nacionais ou que merecerem devida atenção para compartilhar com vocês.

"Encontros para Liberdade" de Lilian Farias


Sinopse:


“Encontros para a liberdade” se desenvolve em um turbilhão de sentimentos, em facetas representadas por duas personagens e o que as cercam, com desejos, sonhos, lembranças, descobertas e inquietações marcando um encontro em que histórias paralelas se unem pelo mesmo ideal: liberdade! Mas, o que é a liberdade? O que aprisionava Dolores e Clarice para que o encontro pudesse salvar suas almas encarceradas? Ao adentrarmos nos mundos distintos dessas duas jovens, mergulhamos numa profusa miscigenação de anseios, lutas, estratégias de sobrevivência. A história de duas mulheres que unidas pelo destino resolvem aflorar todo fluxo de sobrevivência do "ser", do corpo, da alma, da mente, que advém quando se é permitido ser livre. Liberdade, essa, assemelhada a quem saboreia o voo das borboletas.




Página no Skoob

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Entrevista com Lilian Farias

Olá Leitores,

Hoje apresento a vocês uma escritora que conheci na internet e descobri o quanto talentosa ela é. Lilian Farias publicou um livro "Encontros para Liberdade" e ela nos conta um pouco sobre suas experiências.
Espero que gostem.



(Vizinhos Literários) Conte-nos como aconteceu o processo de escrita do seu livro "Encontros para Liberdade", suas inspirações.

Escrevi “Encontros para liberdade” quando fazia minha monografia da graduação em Letras, era o momento que podia relaxar. Mas o que motivou a escrita foi a minha professora de Teoria da literatura que solicitou a sala que escrevesse algo sobre fluxo da consciência. Depois desse dia não parei mais...
Inspirei-me em várias coisas e pessoas. Por exemplo: o filme Mary and The Max; O ano em que meus pais saíram de farias; as músicas de Zé Ramalho etc.


(Vizinhos Literários) Lilian, quando descobriu sua veia literária?

Quando criança gostava muito de poesias. Eu escrevia, mas confesso que tinha vergonha de mostrar meus escritos e acabava jogando tudo no lixo... (risos)
Mesmo assim, sabia que queria escrever!


(Vizinhos Literários) O que considera mais importante dentro de um livro?

Tudo!


(Vizinhos Literários) Lilian também é professora. Qual a maior dificuldade de implantar uma leitura no ambiente escolar?

Nas escolas particulares é mais fácil, contudo quando partimos para realidade das escolas publicas...   “gostonemdefalar”... a maioria das escolas não tem bibliotecas; os alunos saem do ensino primário sem domínio na proficiência da leitura e da escrita, e chegam nesse estado no Ensino Médio! Os pais não têm condições financeiras de comprar livros e, principalmente, LIVRO NO BRASIL É MUITO CARO! O professor não ganha um salário digno para comprar livros...


(Vizinhos Literários) Como crítica Literária, qual sua visão do movimento literário atual no Brasil?

Acho que poderia ser melhor! Os preços de livros deveriam ser compatíveis ao ganho mínimo do trabalhador brasileiro. As editoras e o governo poderiam investir mais na nossa literatura.


(Vizinhos Literários) Teremos novidades de novos trabalhos neste ano?

Em 2012, quero continuar a divulgar Encontros para Liberdade e tenho a pretensão de lançar meu site: http://www.lilianfarias.com.br/

(Vizinhos Literários) O que é liberdade para você?

O voo das borboletas! 


Mais informações sobre a autora em: 


terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Entrevista com Babi Dewet

Olá, Leitores do blog

Faz algum tempo que não posto uma entrevista nova, todavia aqui estamos nós com uma super conversa com a escritora Babi Dewet. Espero que gostem. 


(Vizinhos Literários) Li que sua primeira leitura foi aos três anos de idade e o livro foi “Rei Arthur e os Cavaleiros da Távola Redonda”. Foi uma descoberta própria ou houve um incentivo maior?

O maior incentivo eram os livros que minha mãe levava pra casa depois do trabalho. Ela tinha escola, então sempre tinha coisa nova. Eu gostava de histórias antigas, de cavaleiros e ainda mais do desenho da Disney "A Espada era a Lei" então foi um livro que me chamou atenção logo de primeira! Era o meu preferido.

(Vizinhos Literários) Quais suas principais influências de “Sábado à Noite”?

J.K.Rowling, autora de Harry Potter e André Vianco, autor de Os Sete, são minhas duas grandes inspirações literárias. Ouço muita música, gosto de rock e isso também influenciou no meu estilo de história. McFLY, Beatles e muita música britânica! SAN é feito um pouco de cada disso.

(Vizinhos Literários) “Sábado à Noite” é um livro baseado em um Fanfic de McFly escrita por você. Essa interação entre artes distintas agrega na hora da escrita?

Escrever fanfic foi o melhor aprendizado que poderia ter. Saber ouvir críticas, entendê-las e conhecer seus leitores é o que todo autor deveria começar fazendo. As fanfics tem uma forma própria de se desenrolar e é o que mais agrega de bom em quem participa desse meio. São leituras leves, sem muitas descrições e com muito foco em diálogos e momentos.

(Vizinhos Literários) Foi indicada ao Codex de Ouro na categoria “Vox Populi”. Receber tal indicação valoriza todo o trabalho nas redes sociais para divulgação do livro. O quanto as mídias realmente podem determinar na carreira de um escritor?

Receber e ganhar o prêmio Codex de Voto Popular foi minha grande realização! Não consigo acreditar até agora, embora acredite muito no meu trabalho. As midias sociais estão aí para que os autores e escritores conheçam mais seu público alvo e possam se divulgar melhor. Só que muitos não sabem a grande importância que elas tem e acabam encarando como só mais um espaço na internet. 

(Vizinhos Literários) Publicou “Sábado à Noite” de forma independente, quais as vantagens da mesma?

Aprendizado é a melhor vantagem. Saber produzir um livro, saber divulgá-lo e vendê-lo dá ao escritor uma independência e maturidade muito grande diante do mercado.

(Vizinhos Literários) Em uma palavra:

Literatura? Fantasia!

Música? Rock'n Roll!

“Sábado à Noite”? Amor!

(Vizinhos Literários) O que diria para os leitores do blog que estão buscando por uma publicação? 

Diria para não desistirem no primeiro tombo e primeira crítica. Diria para que invistam muito em si mesmos se acreditam nisso e que corram muito atrás! No fim, qualquer realização justa e boa é um aprendizado pra vida!


Mais informações sobre sobre Babi Dewet: