quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Resenha - Barbara está morta e outros contos de horror, Celly Borges



“A emoção mais antiga e mais forte da humanidade é o medo, e o mais antigo e mais forte de todos os medos é o medo do desconhecido." O horror sobrenatural na literatura - Howard Philip Lovecraft

Ao leitor que inicia a leitura pode parecer um mundo palpável com um desfecho previsível nas primeiras páginas, muito se engana ele. Celly Borges está pronta para contar histórias assustadoras e surpreendentes. O pano de fundo para as narrativas de “Barbara está morta e outros contos” são vezes reconhecíveis na história da literatura.

No conto que dá título ao livro temos duas realidades contrastantes em Londres. Uma mulher dos centros ricos acaba em ruelas imundas, habitadas por prostitutas, a população de classe baixa e assassinos. Ali Bárbara é um ser estranho, digno de olhares curiosos e está sendo seguida por uma criatura sombria. A certeza do destino de Bárbara lembra a narrativa de Gabriel García Márquez em “Crônica de uma morte anunciada” e os cenários explorados pela autora contracenam com os da literatura noir.

A religiosidade, marca presente nas histórias de horror, também compõe alguns dos textos de Celly Borges. No segundo conto, “A Torre”, a personagem principal está aprisionada por um padre, sujeita a discrepância dele.

Em “Encontro com a maldição” mora a genialidade da autora em brincar com seu leitor. Aqui o final é previsível, tem-se certeza deste, pois não é inédito as situações que conduzem o conto. E, então, há a surpresa, a hesitação... características dos textos de literatura fantástica.

As possibilidades encontradas por Celly Borges denotam a grandiosidade da obra que vem sendo escrita por contos em antologia de diversas editoras do país.


O livro é composto por quatro contos, publicados pela Editora Estronho em formato e-book.

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