sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Resenha - A visita cruel do tempo


Presente/Passado

Título Original: A Visit From the Goon Squad – Autora: Jennifer Egan – Tradução: Fernanda Abreu – Editora: Intrínseca – Ano: 2011 – Páginas: 336.

Hoje escrevo sobre a minha melhor experiência literária do ano. Espero que gostem.

Sinopse:

Bennie Salazar é um executivo da indústria musical. Ex-integrante de uma banda de punk rock, ele foi o responsável pela descoberta e pelo sucesso dos Conduits, cujo guitarrista, Bosco, era um cara com tanta energia no palco que fazia Iggy Pop parecer tranquilo. Jules Jones é um repórter de celebridades preso por atacar uma atriz durante uma entrevista e vê na última turnê de Bosco a oportunidade de reerguer a própria carreia. Jules é irmão de Stephanie, casada com Bennie, que teve como mentor Lou, um produtor musical viciado em cocaína. Sasha é a assistente cleptomaníaca de Bennie, e seu passado desregrado e seu futuro estruturado parecem tão desconexos quanto as tramas dos muitos personagens que compõem esta intricada e envolvente história.

Resenha:

Estou enrolando para escrever essa resenha a alguns dias. O livro foi para mim uma das melhores experiências do ano. Se estivesse na FLIP deste ano com certeza madrugaria na porta do hotel de Egan por um autógrafo, claro se fosse preciso.

Das diversas resenhas que eu li sobre o livro, poucas conseguiram passar a intensidade da narrativa da autora e temo também não alcançar a faceta. Então, vamos lá.

É inovador, brilhante, verdadeiro, inteligente, humano...

A visita cruel do tempo traz personagens reais, capazes de tocar nossos sentimentos. Assim não preciso dizer quanto à construção deles. As trajetórias destes estão diretamente ligada à música e como esse mercado influenciam suas vidas nas melhores e nas piores experiências.

Esses personagens são nos apresentados separadamente para no desenrolar da história estarem constantemente se relacionando entre passado e futuro.

Da década de 70 a um futuro próximo a autora descreve os efeitos da tecnologia sobre o ser humano e em uma entrevista cedida enquanto estava no Brasil, ela disse se preocupar bastante em relação a isso. O livro enfoca bastante o assunto até mesmo na diagramação em determinado momento a descrever o relacionamento da jovem Alison Blake com a família.

Virão, é impossível escrever o tão grandioso é esse livro e o que enumerei aqui é pouco sobre sua importância para geração literária atual.

Minha avaliação final é cinco e quanto á minha recomendação: TODOS DEVERIAM LER.

Prêmios:

Vencedor do Pulitzer de Ficção 2011
Vencedor do National Book Critics Circle Award
Vencedor do Los Angeles Times Book Prize
Vencedor do Tournament of Books

Sobre a autora:

Jennifer Egan nasceu em Chicago e cresceu em São Francisco. Autora do best-seller The Keep, publicou trabalhos em revistas como New Yorker, Harper´s Magazine, Granta e GQ. Por seus artigos de não ficção escritos para a The New York Times Magazine recebeu diversos prêmios jornalísticos. Vencedora do Galaxy National Book Awards 2011 na categoria Autora Internacional do Ano, Egan foi eleita uma das 100 pessoas mais influentes do ano de 2011 pela revista Time. A autora vive no Brooklyn com marido e os filhos.
Boa leitura.

6 comentários:

  1. Não conhecia a autora e o livro. vc sempre com uma surpresa literária. Gostei da resenha, como sempre!
    Achei a temática bem pertinente para nossa atualidade.

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  2. Oi, gostei da resenha, eu já tinha lido outras resenhas da obra, mas em todas não cheguei a gostar do livro, assim como não curti a capa. Mas pelo que li parece ser uma linda história muito bem planejada, achei muito interessante a diagramação ter a ver com o livro.

    Abraços
    www.entrepaginasdelivros.com

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  3. Ual que chique essa resenha hein?!Adorei o jeitinho que você falou do livro.Concerteza eu irei lê-lo \o/
    Beijokas...
    http://fomesedeevontadedeler.blogspot.com.br/

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  4. Fiquei curiosa agora! Nunca tinha me interessado por este livro, a sinopse não me conquistou... mas pelo jeito é uma obra excelente, né?
    Bjus, ótima resenha!
    Paty Algayer - http://www.magicaliteraria.com/

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  5. Ai, não sei se leria, o livro não chamou minha atenção.

    Bj!

    www.falandodelivros.com

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  6. Parecem muitas histórias que no entanto são única história. Faz viagens a épocas e lugares distintos, relacionando passado e futuro, e se preocupa em demonstrar como o tempo afeta os personagens e provoca mudanças, tudo isso tendo a música como uma espécie de pano de fundo. Não é um livro linear em sua trama (o que para mim já o torna interessante). Folheando, antes de ler, me perguntei que loucura era aquela sucessão de gráficos no meio do livro, mas quando me deparei com tais gráficos e esquemas sobre as pausas nas músicas e sobre as relações familiares de Alison, durante a leitura, tudo aquilo surpreendemente se integra à obra, de uma forma que para mim foi inédita e original. Vale a leitura! J. Evódio.

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