Presente/Passado
Título Original:
A Visit From the Goon Squad – Autora: Jennifer Egan – Tradução: Fernanda Abreu
– Editora: Intrínseca – Ano: 2011 – Páginas: 336.
Hoje escrevo sobre a minha melhor experiência literária do ano. Espero que gostem.
Bennie Salazar é um
executivo da indústria musical. Ex-integrante de uma banda de punk rock, ele
foi o responsável pela descoberta e pelo sucesso dos Conduits, cujo
guitarrista, Bosco, era um cara com tanta energia no palco que fazia Iggy Pop
parecer tranquilo. Jules Jones é um repórter de celebridades preso por atacar
uma atriz durante uma entrevista e vê na última turnê de Bosco a oportunidade
de reerguer a própria carreia. Jules é irmão de Stephanie, casada com Bennie,
que teve como mentor Lou, um produtor musical viciado em cocaína. Sasha é a
assistente cleptomaníaca de Bennie, e seu passado desregrado e seu futuro
estruturado parecem tão desconexos quanto as tramas dos muitos personagens que
compõem esta intricada e envolvente história.
Resenha:
Estou enrolando para
escrever essa resenha a alguns dias. O livro foi para mim uma das melhores
experiências do ano. Se estivesse na FLIP deste ano com certeza madrugaria na
porta do hotel de Egan por um autógrafo, claro se fosse preciso.
Das diversas resenhas
que eu li sobre o livro, poucas conseguiram passar a intensidade da narrativa da
autora e temo também não alcançar a faceta. Então, vamos lá.
É inovador, brilhante,
verdadeiro, inteligente, humano...
A visita cruel do tempo
traz personagens reais, capazes de tocar nossos sentimentos. Assim não preciso
dizer quanto à construção deles. As trajetórias destes estão diretamente ligada
à música e como esse mercado influenciam suas vidas nas melhores e nas piores
experiências.
Esses personagens são
nos apresentados separadamente para no desenrolar da história estarem constantemente
se relacionando entre passado e futuro.
Da década de 70 a um
futuro próximo a autora descreve os efeitos da tecnologia sobre o ser humano e
em uma entrevista cedida enquanto estava no Brasil, ela disse se preocupar
bastante em relação a isso. O livro enfoca bastante o assunto até mesmo na
diagramação em determinado momento a descrever o relacionamento da jovem
Alison Blake com a família.
Virão, é impossível escrever o tão grandioso é esse livro e o que enumerei aqui é pouco sobre sua
importância para geração literária atual.
Minha avaliação final é
cinco e quanto á minha recomendação: TODOS DEVERIAM LER.
Prêmios:
Vencedor do Pulitzer de
Ficção 2011
Vencedor do National
Book Critics Circle Award
Vencedor do Los Angeles
Times Book Prize
Vencedor do Tournament
of Books
Sobre
a autora:
Jennifer
Egan
nasceu em Chicago e cresceu em São Francisco. Autora do best-seller The Keep, publicou trabalhos em revistas
como New Yorker, Harper´s Magazine, Granta
e GQ. Por seus artigos de não ficção escritos para a The New York Times
Magazine recebeu diversos prêmios jornalísticos. Vencedora do Galaxy National Book Awards 2011 na
categoria Autora Internacional do Ano, Egan foi eleita uma das 100 pessoas mais
influentes do ano de 2011 pela revista Time. A autora vive no Brooklyn com
marido e os filhos.
Boa leitura.
Não conhecia a autora e o livro. vc sempre com uma surpresa literária. Gostei da resenha, como sempre!
ResponderExcluirAchei a temática bem pertinente para nossa atualidade.
Oi, gostei da resenha, eu já tinha lido outras resenhas da obra, mas em todas não cheguei a gostar do livro, assim como não curti a capa. Mas pelo que li parece ser uma linda história muito bem planejada, achei muito interessante a diagramação ter a ver com o livro.
ResponderExcluirAbraços
www.entrepaginasdelivros.com
Ual que chique essa resenha hein?!Adorei o jeitinho que você falou do livro.Concerteza eu irei lê-lo \o/
ResponderExcluirBeijokas...
http://fomesedeevontadedeler.blogspot.com.br/
Fiquei curiosa agora! Nunca tinha me interessado por este livro, a sinopse não me conquistou... mas pelo jeito é uma obra excelente, né?
ResponderExcluirBjus, ótima resenha!
Paty Algayer - http://www.magicaliteraria.com/
Ai, não sei se leria, o livro não chamou minha atenção.
ResponderExcluirBj!
www.falandodelivros.com
Parecem muitas histórias que no entanto são única história. Faz viagens a épocas e lugares distintos, relacionando passado e futuro, e se preocupa em demonstrar como o tempo afeta os personagens e provoca mudanças, tudo isso tendo a música como uma espécie de pano de fundo. Não é um livro linear em sua trama (o que para mim já o torna interessante). Folheando, antes de ler, me perguntei que loucura era aquela sucessão de gráficos no meio do livro, mas quando me deparei com tais gráficos e esquemas sobre as pausas nas músicas e sobre as relações familiares de Alison, durante a leitura, tudo aquilo surpreendemente se integra à obra, de uma forma que para mim foi inédita e original. Vale a leitura! J. Evódio.
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