quinta-feira, 14 de junho de 2012

Resenha - Clube da Luta


“Hoje é preciso escrever livros que vão competir com videogames, videoclipes e todo o tipo de coisa que as pessoas fazem no tempo livre. E as pessoas não querem descrição e êxtase, querem muitos verbos, verbos em cima de verbos.”Chuck Palahniuk
Eletrizante, aterrorizante e capaz de criar dores no estômago, Clube da Luta (Fight Club), não só foi considerado um fracasso em bilheteria como um filme polêmico por suas controvérsias influências em torno do mundo.
Baseado no romance homônimo de Chuck Palahniuk, com nova edição pela editora LeYa, o filme foi dirigido por David Fincher e escrito por mais de cinco vezes dentro de um ano para chegar no resultado final. A produtora Fox não gostou do resultado e adiou diversas vezes a estreia, com exibição somente no Festival de Cinema de Veneza em setembro de 1999, causando mal-estar na crítica.
O longa pode ter influenciado diversas tragédias, como do estudante brasileiro de medicina, Mateus da Costa Meira que invadiu o cinema durante a exibição do filme com uma submetralhadora e atirou nos telespectores, matando três pessoas e deixando quatro feridas.
 O enredo traz a história um narrador anônimo (um jovem executivo) que tem uma vida um tanto acomodada. Trabalha como investidor de seguros, usa roupas de marcas e é viciado em comprar nos catálogos. Ele sofre de insônia crônica e busca em grupos de ajuda terapêutica um refúgio, onde acaba conhecendo Marla Singer uma viciada em tendências suicidas. Em um voo de trabalho depara-se com Tyler Durden, a figura perfeita, bonito, irreverente e incomum, como o narrador desejara ser.
Após a viagem, o jovem descobre que seu apartamento explodiu e no impulso decide ligar para Tyler Durden e acaba por ir morar com ele em uma casa velha caindo aos pedaços. Os dois descobrem nas lutas uma forma de esquecer-se do estresse, assim, começa o Clube da Luta. Muito além de um porão, o movimento ganha as ruas com objetivos de acabar com o consumismo.
Como disse no começo, o filme é realmente eletrizante e capaz de deixar o telespectador vidrado nas cenas que seguem uma sequência entre lutas e litros de sangue. Com certeza, é um filme para ser considerado violento, entretanto acredito que tenha sido feito para que as pessoas encarrassem a verdade e não subestimassem os objetivos do Clube da Luta.
A primeira regra do Clube da Luta é não falar sobre o Clube da Luta, então, mudemos de assunto. Em uma visão geral, encaro a obra como uma crítica aos modos de vidas capitalistas que o ser humano tem se habituado nos últimos anos. O filme é inovador mesmo que não tenha sido muito aplaudido.
Especificações:
Gênero: Ação
Duração: 139 min
Elenco: Edward Norton (O Narrador)
              Brad Bitt (Tyler Durden)
              Helena Bonham Carter (Marla Singer)

Algumas das informações usadas na resenha foram retiradas do volume 7 da publicação Cinemateca Veja, Editora Abril.

2 comentários:

  1. Gostei da resenha e do final "A primeira regra do Clube da Luta é não falar sobre o Clube da Luta, então, mudemos de assunto. " deu vontade de ler o livro. apesar de o título não me agradar muito. Mas na sua resenha encontrei pontos interessantes que talvez me façam mudar de ideia... Parabéns!

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  2. Esse filme é sensacional. Um dos meus preferidos, ainda mais dirigido pelo David Fincher <3 O Chuck é realmente um gênio. Acho uma pena ainda não terem feito Sobrevivente dele por ser relacionado com um suicídio. Esses críticos são muito fresquinhos pro meu gosto.

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