(A Culpa é das estrelas, John Green: tradução Renata Pettengil. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2012. 288 p.)
Por Mariana Cardoso
A maior ironia que aqui pode ser
escrita e descrita, é simplesmente a ironia errônea. A cada página, suspiro e
filosofia, passamos a duvidar do destino. Marquei várias páginas para começar o
meu artigo de opinião, porém, o êxtase que o livro me proporcionou me faz
pensar e refletir. Para que tantas palavras se o mundo é um completo devaneio,
assim como as pessoas que nele habitam sendo acoplados aos seus problemas? A resposta
é clara, se tratando deste mundo. Nós somos as palavras, e o câncer é a luta da
sobrevivência dos problemas.
Querida Hazel, a partir do
momento em que tocamos o livro e encaramos a gravidade da sua doença, temos a
certeza de que você é um orgulho e não uma opção, é um atalho e não um fardo, é
uma vida e não uma granada, como você mesma se denomina.
“Eu estou apaixonado por você e
não quero me negar o simples prazer de compartilhar algo verdadeiro.” –
Augustus Waters. “Augustus Waters, eu amo você.” – Hazel Grace.
Augustus, você é indefinível,
imprevisível e o pior que isso é que a culpa é das estrelas. Você tentou dar a Hazel
tudo que você queria que alguém tivesse dado a você. A cada pensamento
sanguinário e temeroso, era um suspiro secreto de Adeus, mas não um Adeus com A
maiúsculo, pois você disse que existe Algo com A maiúsculo, e é esse Algo, que
sempre te tornaria as escolhas da Hazel.
“Eu realmente achei que ela fosse
morrer antes que eu pudesse lhe contar que também ia morrer”, e por fim o
querer mais termina com as palavras “Eu aceito, Augustus. Eu aceito”, e nós
leitores aceitamos John Green, simplesmente aceitamos.
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