Esse foi um ano de muitas
leituras e entre os 104 tem os altos e baixos. Começo por apresentar os piores
livros no que diz respeito à minha opinião.
#6 – Inferno, Dan Brown
Grande lançamento aguardado
pelos leitores das aventuras de Robert Langdon, Brown mostrou mais uma vez que
ainda usa a velha receita para compor seus romances de suspense. Acrescenta um
pouco de Wikipédia a gosto (e olha que ela esbanja), repete algumas cenas... Ao
leitor conhecedor do estilo do autor perde-se aquela hesitação de quando se lê
o primeiro. Eu, por exemplo, confesso ter tido fascinação quando li “O Código Da
Vinci”.
#5 – A Garota que eu quero,
Markus Zusak
Romance voltado para o público
juvenil, o autor do best-seller “A menina que roubava livros” pouco surpreende.
No meio de sucessos como “As vantagens de ser invisível”, o livro de Zusak
tenta fazer a vez de drama psicológico e fica preso em um enredo nada
elaborado, com personagens superficiais.
#4 – A Fada, Carolina Munhóz
O marketing está sempre
promovendo alguém por aí e quem é mestre, digo mago, nessa arte? Sim, Paulo
Coelho. Por conta dele autores de literatura fantástica ganharam algumas
páginas de jornais nacionais esse ano. Carolina Munhoz é um desses nomes e
muito além do Sr. Coelho ela já vinha ganhando espaço no mercado editorial. Li
seu primeiro livro “A Fada” na edição da Novo Século e esbarrei na corriqueira
tentativa de importar a escrita de autoras estrangeiras. Uma pena o enredo
fraco com as diversas possibilidades que a autora poderia explorar ao abordar o
tema “fadas”.
#3 – Bruxos e Bruxas, James
Patterson
O conhecido autor de
suspense com séries aclamadas como “Alex Cross” e “O Clube das Mulheres contra
o crime” tenta embarcar no meio dos faturamentos das fantasias. É uma grande
mistura de falsas bruxas, distopia e suspense que torna a obra uma grande
heresia para a literatura.
#2 – Almas Seladas, M. L. Pontes
Se você quer saber o
resultado que a mistura “autor iniciante” com “editora iniciante” pode causar,
leia logo esse livro ou o que será citado em seguida. A MODO Editora veio para
publicar autores nacionais, porém o espaço que alcançou ainda é pequeno perto
das gigantes. Pontes escreve um enredo longe de qualquer verossimilhança, nada
é crível. A editora tentou apresentar uma edição com diagramação especial e
errou em outros pontos como o nome do próprio autor que vezes aparece abreviado
vezes completo.
#1 – Os Filhos do Tempo, Chaiene
Santos
Não tenho muito que dizer
desse livro. O que mais me incomodou em todo o péssimo enredo foi as
introduções de personagens que o autor fazia questão de descrever características
nada relevantes. Exemplo: João, que tinha olhos verdes, um metro e sessenta,
cabelos castanhos, o pisar um pouco voltado mais para a direita e os movimentos
dos braços levemente arqueados, seguiu pela floresta. Acho que exagerei na
minha invenção, porém é isso por todo o livro. Eu desejava que mais nenhum
personagem entrasse na narrativa.
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