(O teorema de Katherine, John Green: tradução Renata Pettengill. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2013. 304 p.)
Por Mariana Cardoso
19 Katherines. Cobin Singleton não é físico, mas linguista:
ele gosta de Katherines. E não de Katies, nem Kats, nem Katties, nem Cathys,
nem Rynns, nem Trinas, nem Kays, nem Kates, nem – Deus o livre – Catherines.
Mas, foram tantas decepções Katherianas que Colin decidiu fazer um teorema
sobre cada uma delas para definir e prever o ciclo de um namoro. E confesso que
a ideia é estúpida e chata.
John Green, sempre é capaz de escrever coisas que vão
surpreender o leitor e prender a sua atenção, mas nas primeiras
140 páginas do livro “O Teorema de Katherine” foram insuportavelmente superficiais
de intelecto. Não que ele tenha se expressado de uma maneira considerada “burra”,
mas sim, monótona, chata e repetitiva. Porém, quando o autor decide mudar o
foco sobre um Colin “O prodígio”, e, “Katherine 19”, todas as questões ridículas
levantadas na obra se tornam lindas.
Foi decepcionante como John Green demorou tanto para ter a
percepção de como seu livro estava desgastando mentalmente seu leitor e que ele
só ganha intensidade quando desenvolve Lindasey Lee Wells. Hassan, também é
considerado o ápice, pois, se John centralizasse somente nos pensamentos
complexos do protagonista sua obra seria uma catástrofe.
O livro sem um final, acabou se tornando desafiante para o
leitor, pois teremos um leque de opções para um futuro indefinido. Portanto, a
menos que você passe da página 140, tenha certeza absoluta de que você se
decepcionará, assim como eu me decepcionei. E, contanto que você já esteja na
página 141, você amará o livro como eu amei.
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