“Escrever é que é o verdadeiro prazer; ser lido é um prazer
superficial.”
Virginia Woolf
Título original: Jacob's room
Autor: Virginia Woolf
Tradução: Lya Luft
Editora: Novo Século
Ano: 2008
Páginas: 239
O Quarto de Jacob como muito
recorrente é conhecido como o primeiro romance livre de Virginia Woolf. Quando
ela deixaria de publicar pela editora do meio-irmão e passaria a editar seus
livros na editora criada por ela na companhia do marido, Leonardo Woolf.
“Acho que [O Quarto de] Jacob foi
para mim um passo decisivo para trabalhar em liberdade”, Virginia Woolf
escreveu em seu diário, sábado 14 de Outubro de 1922.
Então, Woolf afasta-se do
conservadorismo para criar uma história magnífica, com cenários descritos de
uma forma singular a levar o leitor para as profundezas do silêncio da
personagem principal.
O livro resume a vida de Jacob,
com seus amores e suas opiniões sobre o mundo a sua volta. Entretanto
conseguimos perceber e definir uma personalidade para ele diante da visão
daqueles que o rodeiam. Encontramos um jovem apaixonado pela literatura inglesa
e muitas vezes contrariado em relação às mulheres.
Como dito anteriormente, a
perfeição de Virginia para descrever os cenários torna a narrativa a cada passo
de Jacob viva e emocionante. A leitura e imprescindível e com certeza levara o
seu leitor para além de um só quarto.
A indicação que me levou até esse
romance foi encontrada no prefácio de Ronald Polito para o livro Maurice do
escritor E.M.Forster, publicado pela editora de Woolf e uma das inspirações de
Virginia na composição de seus romances. Muitos traços são recorrentes a ambos,
mas isso é história para outra postagem.
Avaliação final: 5 estrelas.
Sobre a autora:
Nascida em Londres, em 1882,
Virginia Woolf tornou-se uma das mais importantes escritoras inglesas,
conhecida também por suas resenhas literárias e posições feministas.
Influenciada por Proust e Joyce, Virginia superou os limites impostos pela
ficção realista, conseguindo integrar à narrativa um simultaneidade de eventos
e criando uma nova concepção do tempo narrativo ficcional. Em 1941, após
diversas tentativas de suicídio e uma grave crise de depressão, Virginia se
afoga no rio Ouse. Deixou vários ensaios, contos, biografias, uma extensa
correspondência e romances como A Viagem,
Entre os atos, Noite e Dia, As ondas, entre outros.
“Cada um tem o seu passado fechado em si, tal
como um livro que se conhece de cor, livro de que os amigos apenas levam o título.”
Virginia Woolf
Olá, Renan.
ResponderExcluirBem legal a resenha. Imagino que o forte da autora - porque também não li nada dela ainda - seja mesmo as descrições. E, pela minibiografia, é possível notar o quanto ela era intensa.
Você marcou o livro com cinco estrelas, deve ser uma ótima leitura. ;)
Virginia Woolf é bastante intensa nas suas descrições e em O Quarto de Jacob ela dá mais atenção ao cenário que rodeia os personagem. Vale muito a pena e leitura.
ExcluirObrigado por comentar,
R.S.Merces
Olá, Renan!
ResponderExcluirNunca li um livro da autora sempre tive vontade, mas são tantos livros na minha lista que fica difícil. Gostei demais da sua resenha, este livro parece ser muitoooo bom. Pretendo lê-lo em breve, a autora deve ter uma escrita muito intensa e profunda do jeito que eu gosto!
Atenciosamente,
David.H.S
Magnifico!
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