quarta-feira, 16 de abril de 2014

O conjunto do infinito


(A Culpa é das estrelas, John Green: tradução Renata Pettengil. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2012. 288 p.)



Por Mariana Cardoso

A maior ironia que aqui pode ser escrita e descrita, é simplesmente a ironia errônea. A cada página, suspiro e filosofia, passamos a duvidar do destino. Marquei várias páginas para começar o meu artigo de opinião, porém, o êxtase que o livro me proporcionou me faz pensar e refletir. Para que tantas palavras se o mundo é um completo devaneio, assim como as pessoas que nele habitam sendo acoplados aos seus problemas? A resposta é clara, se tratando deste mundo. Nós somos as palavras, e o câncer é a luta da sobrevivência dos problemas.

Querida Hazel, a partir do momento em que tocamos o livro e encaramos a gravidade da sua doença, temos a certeza de que você é um orgulho e não uma opção, é um atalho e não um fardo, é uma vida e não uma granada, como você mesma se denomina.

“Eu estou apaixonado por você e não quero me negar o simples prazer de compartilhar algo verdadeiro.” – Augustus Waters. “Augustus Waters, eu amo você.” – Hazel Grace.

Augustus, você é indefinível, imprevisível e o pior que isso é que a culpa é das estrelas. Você tentou dar a Hazel tudo que você queria que alguém tivesse dado a você. A cada pensamento sanguinário e temeroso, era um suspiro secreto de Adeus, mas não um Adeus com A maiúsculo, pois você disse que existe Algo com A maiúsculo, e é esse Algo, que sempre te tornaria as escolhas da Hazel.


“Eu realmente achei que ela fosse morrer antes que eu pudesse lhe contar que também ia morrer”, e por fim o querer mais termina com as palavras “Eu aceito, Augustus. Eu aceito”, e nós leitores aceitamos John Green, simplesmente aceitamos. 

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