domingo, 30 de setembro de 2012

Resenha - Divergente


Título Original: Divergent – Autor: Veronica Roth – Tradução: Lucas Peterson – Editora: Rocco – Ano: 2012 – Páginas: 504

Divergente chega num momento que vemos um grande número de títulos de distopias sendo publicados em todo mundo. Depois da aclamada série Jogos Vorazes de Suzanne Collins e Feios de Scott Westerfeld parece que o estilo tem chamado a atenção dos leitores. Recentemente li numa revista literária uma reportagem que dava destaque para a distopia:

“As distopias – ou antiutopias –, mas do que nos mostrarem um futuro disfuncional ou totalitário parecem querer nos dizer que os caminhos do ultramente correto e do perfeitamente encaixável na sociedade moderna são o que pavimentam a estrada para terror em um futuro assustadoramente perfeito.” De Janaina M. Cerutti

Em uma Chicago do futuro os seres humanos são organizados por cinco facções, Abnegação, Amizade, Audácia, Franqueza e Erudição, cada qual com suas características.

“Na mesa da Abnegação, permanecemos sentados em silêncio enquanto esperamos. Os costumes das facções ditam até como devemos nos comportar nos momentos de inatividade e estão acima das preferências individuais. Duvido de que todos da Erudição queiram estar sempre estudando, ou que todo membro da Franqueza aprecie um debate acalorado, mas, como eu, eles não podem desafiar as normas de suas facções.” 
Trecho retirado da página 15.

Aos dezesseis anos todo mundo passa por testes que vão determinar para qual facção tem maiores aptidões na hora da escolha. Beatrice, a nossa protagonista, possui resultados inconclusivos no teste. O que chamam de Divergente. Ela fica dividida entre permanecer na facção da família, a Abnegação, ou abandoná-los.

Roth nos apresenta um futuro cruel, sem muitas esperanças, desigualdades sociais e um retrato dos efeitos tecnológicos no ser humano. Na minha opinião, faz uma forte critica as classes sociais que hoje acabam por determinar o quanto uma pessoa é importante para uma sociedade.

O livro é narrado em primeira pessoal, com a voz feminina de Beatrice, incrivelmente forte, determinada e corajosa. Este é o ponto em perdemos alguns detalhes da trama e de como a sociedade foi parar naquela situação. Talvez a autora explore mais de seu futuro nos próximos livros da trilogia.

Minha nota final ainda foi quatro, somente por esse detalhe da falta de alguns “detalhes” importantes. Contudo o livro é muito bom, de uma leitura rápida e capaz de arrebatar-nos para questionamentos sobre como poderá ser nosso futuro daqui por diante.

Deixo uma recomendação para quem, como eu, já se apaixonou pelas distopias e não consegue mais deixar de buscar por um livro do sucesso editorial atual.

5 comentários:

  1. Distopias ainda estão recebendo bastante destaque, mas a maior parte das narrativas são trilogias o que me incomoda um pouco, eu não gosto de ler um livro e ter que esperar pela continuação por meses e meses. Também acho que esse tipo de história quando narrado em primeira pessoa perde muito em termos de descrição da estrutura social e da explicação dos motivos para aquela situação ter se estabelecido, prefiro narrativas em terceira pessoa que aprofundam essas explicações e esclarecem melhor.

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  2. Olá Renan!

    Amei a sua resenha, acho linda a capa deste livro!!! Sua história parece ser muito boa, e por causa da sua resenha me animei mais ainda para lê-lo...

    Atenciosamente,
    David.H.S
    Visite: http://livrosemaisseries.blogspot.com.br/

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  3. Não conhecia este livro, mas já estou super curiosa por ler.
    Parabéns pela resenha!!!

    http://imaginemia.blogspot.com.br/

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  4. Sua resenha ficou ótima, fiquei muito curiosa com o livro. é a primeira vez que o vejo...

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  5. Tenho muita vontade de ler esse livro, parece ser realmente muito bom *-*

    Asas Literárias - http://asasliteraria.blogspot.com.br/

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