by imagem_badneko
Vamos bater um papo sobre gênero. Às vezes é comum, mundo afora,
encontrar pessoas com um hábito, bizarro, de na hora da leitura não conferi o gênero que debruça sob os olhos. Cada gênero textual tem
uma finalidade discursiva. Uma intenção ao ser proferido! Caso o leitor
não respeite tempo, espaço e corpo físico do texto a leitura poderá ser comprometida.
Vamos para um exemplo clássico: a leitura que você faz de
sua mãe (para quem tem mãe) possivelmente não será a mesma leitura que você fará de seu vizinho. Como assim? Ora,
pressupõe-se que você ama a sua mãe e que o sentimento que você
nutre pelo vizinho não é o mesmo amor. Até pode amá-lo, mas será que é como ama sua mãe? Você mora e/ou morou com a sua mãe, mas não com o vizinho... Se você brigar
com a sua mãe, existe uma possibilidade muito grande de vocês voltarem a trocar
amores, mas se brigar com o vizinho as possibilidades são bem menores. Viu que não é a mesma coisa?
E não é diferente com os gêneros textuais. Não dá pra ler uma crônica como se
estivesse lendo um romance. Ou uma poesia como se estivesse lendo uma novela.
Como assim?
‘Uma rosa é uma rosa é uma rosa.’
Quando alguém escreve uma carta, por mais que não tenha data ou assinatura, ela não deixa de ser uma carta. E você não vai ler essa carta como quem ler uma poesia ou uma bula de remédio. Um
texto publicitário não é lido como um bilhete para o namorado. Ou você vai dar um beijo
apaixonado no dono das Casas Bahia? Por que se dessa forma for feito podemos
generalizar erroneamente. E jamais chegar ao ápice discursivo daquele texto.
Quer ver outro exemplo patético: é quando o leitor acredita que o
filme deve ser fidedigno ao livro. Ele não se sensibiliza com o fato de
serem artes diferentes! Oh, My God! E se usarem uma música para uma publicidade, esse gênero não vai deixar de ser um gênero
publicitário. Uma propaganda me vê como produto do
capitalismo. Já a poesia ou o romance, não. O livro cientifico não tem a menor intenção de informar como um cordel, portanto as normas da ABNT devem ser
respeitadas e compreendidas.
Alguns blogs literários têm cometido alguns pecados ao
acreditar que possuem o ‘Dom extremo’ ao direito de generalizar a arte. São tão cruéis e insensíveis nas resenhas ou artigos literários que, decididamente, quase
vomito!
Li uns textos de ‘X’ blogueiro que arrasava o cantor e compositor Oswaldo
Montenegro. Ele não é forçado a gostar de Oswaldo, mas se
for pra fazer análise que seja com o mínimo de bom senso. Veja o contexto histórico, a ideologia do autor, as
palavras empregadas e a razão.
Ou então, se retenha a total escuridão e diga apenas: Eu não gosto! Outra dica é pesquisar sobre o
que se está lendo, já que deseja dizer coisas
negativas.
Na moral, alguns blogueiros e/ou fazem um papel tão ridículo que dá pano pra manga! É motivo pra piadas. Certa vez um camarada analisou uma poesia como se
estivesse lendo um livro universitário. Decididamente, não dá pra generalizar os gêneros.
Eis que esta é a
Lilian Farias
@liligarota
Muito bom, Lilian.
ResponderExcluirAdorei e realmente tenho que concordar que alguns blogueiros acabam cometendo erros ao fazer análises absurdas sem nem ao menos ter uma base para a construção do fundamento.
Atencisamente,
R.S.Merces