Somam 57 livros lidos,
então, devo dizer que dá para ter uma boa noção de bom e ruim e mesmo que
quisesse fazer um TOP 10 para cada um, não foi possível. Alguns títulos de
maneira nenhuma poderia entrar em uma lista e ser excluído da outra, então nem
serão citados.
Vamos começar com o que
de melhor eu li este ano?
TOP 7 – Melhores
leituras de 2012
#7 – A Fúria dos Reis, George R. R. Martin
Segundo volume da
aclamada série “As crônicas de gelo e fogo”, não me surpreendeu tanto quanto o
primeiro, entretanto Martin mostra novamente suas habilidades em manter o
leitor vidrado em seus personagens.
Um
cometa da cor do sangue e fogo atravessa o céu. E a partir da cidade antiga de
Dragonstone às margens proibidas de Winterfell, reina o caos. Seis nações lutam
pelo controle de uma terra dividida e pelo Trono de Ferro dos Sete Reinos,
preparando-se para o embate através de tumulto, confusão e guerra. É um conto
em que irmãos conspiram contra irmão e os mortos se levantam no meio da noite.
Neste lugar uma princesa se disfarça como um garoto órfão, um cavaleiro
espiritual prepara um veneno para uma feiticeira traidora, e homens selvagens
descem das Montanhas da Lua para devastar o campo de batalha. Com um pano de
fundo incesto, alquimia e assassinato, a vitória pode chegar aos homens e mulheres
possuidores do aço mais frio… e corações mais gelados. Quando há um confronto
entre reis, toda a terra treme.
Nas diversas conversas
com fãs da série o terceiro volume, “A Tormenta de Espadas”, é citado como o
melhor. Infelizmente o tempo foi curto e não tive oportunidade de lê-lo.
#6 – A Culpa é das
Estrelas, John Green
Uma das leituras mais
agradáveis do ano.
Em
A Culpa é das Estrelas, Hazel é uma paciente terminal de 16 anos que tem câncer
desde os 13. Ainda que, por um milagre da medicina, seu tumor tenha encolhido
bastante — o que lhe dá a promessa de viver mais alguns anos —, o último
capítulo de sua história foi escrito no momento do diagnóstico. Mas em todo bom
enredo há uma reviravolta, e a de Hazel se chama Augustus Waters, um garoto
bonito que certo dia aparece no Grupo de Apoio a Crianças com Câncer. Juntos,
os dois vão preencher o pequeno infinito das páginas em branco de suas vidas.
#5 – O Nome do Vento, Patrick Rothfuss
Primeiro volume de “A Crônica do Matador do Rei”, o livro segue sob um ritmo lento, porém seus
leitores vão logo se cativar com a personagem principal e sobre mistério ao seu
redor: Um herói? Um vilão?
Ninguém
sabe ao certo quem é o herói ou o vilão desse fascinante universo criado por
Patrick Rothfuss. Na realidade, essas duas figuras se concentram em Kote, um
homem enigmático que se esconde sob a identidade de proprietário da hospedaria
Marco do Percurso.
Da
infância numa trupe de artistas itinerantes, passando pelos anos vividos numa
cidade hostil e pelo esforço para ingressar na escola de magia, O nome do vento
acompanha a trajetória de Kote e as duas forças que movem sua vida: o desejo de
aprender o mistério por trás da arte de nomear as coisas e a necessidade de
reunir informações sobre o Chandriano - os lendários demônios que assassinaram
sua família no passado.
Quando
esses seres do mal reaparecem na cidade, um cronista suspeita de que o
misterioso Kote seja o personagem principal de diversas histórias que rondam a
região e decide aproximar-se dele para descobrir a verdade.
Pouco
a pouco, a história de Kote vai sendo revelada, assim como sua multifacetada
personalidade - notório mago, esmerado ladrão, amante viril, herói salvador,
músico magistral, assassino infame.
Nesta
provocante narrativa, o leitor é transportado para um mundo fantástico, repleto
de mitos e seres fabulosos, heróis e vilões, ladrões e trovadores, amor e ódio,
paixão e vingança.
Outra vez, diversos
leitores da série já falaram comigo que o segundo volume é ainda melhor, esse
talvez entre para a lista do ano que vem.
#4 – A Metamorfose, Franz Kafka
Esse foi meu primeiro
contato com a obra de Kafka e o li especialmente para o I Encontro de Leitores
de Literatura Fantástica de Congonhas. É uma obra que independente de sua data
de publicação tem uma forte presença na sociedade atual, com uma crítica social
forte.
A
Metamorfose é a mais célebre novela de Franz Kafka e uma das mais importantes
de toda a história da literatura. O texto coloca o leitor diante de um
caixeiro-viajante - o famoso Gregor Samsa - transformado em inseto monstruoso.
A partir daí, a história é narrada com um realismo inesperado que associa o
inverossímil e o senso de humor ao que é trágico, grotesco e cruel na condição
humana - tudo no estilo transparente e perfeito desse mestre inconfundível da
ficção universal.
Uma leitura mais do que
recomendada.
#3 – O Quarto de Jacob, Virginia Woolf
Outra vez primeiras
experiências, agora com a escritora inglesa Virginia Woolf. A indicação para a
obra “O Quarto de Jacob” estava no prefácio de “Maurice” de E.M.Forster escrito
por Ronald Polito.
Li este ano ainda o
livro “Profissões para mulheres e outros artigos feministas” que reuni alguns
de seus ensaios e resenhas e posso dizer que sou um admirador convicto e entre
minhas metas para 2013 está a leitura de pelo menos uns cinco livros da autora,
quem sabe mais.
Uma obra libertadora.
O
Quarto de Jacob é o livro que marca a passagem de Virgínia Woolf da literatura
tradicional para o universo do experimentalismo, com o qual acabaria deixando
sua revolucionária marca literária. Jacob Flanders é o personagem central de
uma história, que não se revela e nem se conclui. Nesta obra, não é a ação que
conduz a narrativa, mas os tormentos, as dúvidas, as ambições, e os amores por
pessoas e livros, que ditam o rumo dos acontecimentos. A seqüência dos eventos
é apresentada da mesma forma aparentemente desconexa que rege a mente humana.
Traduzido pela consagrada autora Lya Luft, a obra se mantém repleta de nuances.
#2 – Trilogia Jogos
Vorazes, Suzanne Collins
Não podemos negar que
este foi o ano das distopias. O gênero literário ganhou diversas publicações em
língua portuguesa e alguns anúncios para adaptações cinematográficas. Distopia
não é novidade, porém vem alcançando um maior número de leitores principalmente
do público juvenil.
Meu segundo lugar,
então, fica com uma das séries de maior sucesso, “Jogos Vorazes”. Não a coloco
aqui só pelo número de leitores, mas por ser um das únicas leituras a me
surpreender. Não conseguia largar esses livros enquanto lia e sempre
queria mais.
Nesse caso especifico
não me dei ao luxo de escolher somente um para entrar na lista, seria um
trabalho ainda mais difícil e cruel.
Após
o fim da América do Norte, uma nova nação chamada Panem surge. Formada por doze
distritos, é comandada com mão de ferro pela Capital. Uma das formas com que
demonstram seu poder sobre o resto do carente país é com Jogos Vorazes, uma
competição anual transmitida ao vivo pela televisão, em que um garoto e uma
garota de doze a dezoito anos de cada distrito são selecionados e obrigados a
lutar até a morte! Para evitar que sua irmã seja a mais nova vítima do
programa, Katniss se oferece para participar em seu lugar. Vinda do empobrecido
distrito 12, ela sabe como sobreviver em um ambiente hostil. Peeta, um garoto
que ajudou sua família no passado, também foi selecionado. Caso vença, terá
fama e fortuna. Se perder, morre. Mas para ganhar a competição, será preciso
muito mais do que habilidade. Até onde Katniss estará disposta a ir para ser
vitoriosa nos Jogos Vorazes?
#1 – A Visita Cruel do
Tempo, Jennifer Egan
Egan escreve com
personalidade um provável futuro para a humanidade seguindo pela ascensão da
tecnologia e como esta pode mudar o ser humano. Com diversas histórias
paralelas, “A visita cruel do tempo” é inovador, pronto a nos fazer refletir
sobre nossas ações, porém em momento nenhum nos dita lições de auto-ajuda.
Minha melhor leitura de
2012 e o pouco que escrevo sobre esse livro não será capaz de descrever a
grandiosidade dessa história.
Bennie
Salazar é um executivo da indústria musical. Ex-integrante de uma banda de
punk, ele foi o responsável pela descoberta e pelo sucesso dos Conduits, cujo
guitarrista, Bosco, fazia com que Iggy Pop parecesse tranquilo no palco. Jules
Jones é um repórter de celebridades preso por atacar uma atriz durante uma
entrevista e vê na última — e suicida — turnê de Bosco a oportunidade de
reerguer a própria carreira. Jules é irmão de Stephanie, casada com Bennie, que
teve como mentor Lou, um produtor musical viciado em cocaína e em garotinhas.
Sasha é a assistente cleptomaníaca de Bennie, e seu passado desregrado e seu
futuro estruturado parecem tão desconexos quanto as tramas dos muitos personagens
que compõem esta história sobre música, sobrevivência e a suscetibilidade
humana sob as garras do tempo.
O livro ganhou o
Pulitzer e Egan visitou o Brasil na FLIP.
Essas foram minhas
melhores leituras. Espero que tenham gostado e podem deixar seus comentários lá
embaixo.
Agora vamos para as
piores e derradeiras leituras de 2012.
TOP 5 - Piores leituras
de 2012
#5 – Assassin’s Creed -
Renascença, Oliver Bowden
Além dos romances
distópicos, diversos livros adaptados dos games foram lançados e estão
programados para serem lançados. “Assassin’s Creed – Renascença” foi meu
primeiro contato com esse universo e infelizmente detestei a leitura a ponto de
terminá-lo por obrigação mesmo.
Traído
pelas famílias que governam as cidades-estado italianas, um jovem embarca em
uma jornada épica em busca de vingança. Para erradicar a corrupção e restaurar
a honra de sua família, ele irá aprender a Arte dos Assassinos. Ao longo do
caminho, Ezio terá de contar com a sabedoria de grandes mentores, como Leonardo
da Vinci e Nicolau Maquiavel, sabendo que sua sobrevivência depende
inteiramente de sua perícia e habilidade. Para os seus aliados, ele será uma
força para trazer a mudança lutando pela liberdade e pela justiça. Para os seus
inimigos, ele será uma ameaça que procura destruir os tiranos que oprimem o
povo da Itália. Assim começa uma épica história de poder, vingança e
conspiração.
O que mais me incomodou
foi a presença de Leonardo Da Vinci na narrativa de ficção como um ajudante na vingança
da personagem principal.
Ainda leirei os outros
volumes para quem sabe comprovar uma melhora.
#4 – Por isso a gente
acabou, Daniel Handler
Uma personagem
dramática que precisa repetir a cada página “e por isso a gente acabou”, o que
me tirou do sério em quase toda a leitura. A diagramação é perfeita, porém
incapaz de equilibrar a derradeira narrativa.
Por
isso a gente acabou trata, com a comicidade típica do autor, de uma situação
difícil pela qual todos um dia irão passar: o fim de uma relação amorosa e toda
a angústia, tristeza e incerteza que essa vivência pode gerar. Min Green e Ed
Slarteron estudam na mesma escola e, depois de apenas algumas semanas de
convívio intenso e apaixonado, acabam o namoro. Depois de sofrer muito, Min
resolve, como marco da ruptura definitiva, entregar ao garoto uma caixa repleta
de objetos significativos para o casal junto com uma carta falando sobre cada
um desses objetos e do episódio que ele representou, sempre acrescentando, ao
final, uma nova razão para o rompimento. Essa carta é o texto de Por isso a
gente acabou, que é, assim, carregado de um tom informal e tragicômico -
características da personagem - e traduz com um misto de simplicidade e
profundidade a história de uma separação. Imerso neste universo adolescente, o
leitor conhecerá a divertida personalidade de Min, uma garota apaixonada por
filmes cujo sonho é ser diretora de cinema, e as idas e vindas deste romance,
desde o dia em que os dois conversaram pela primeira vez até o instante em que
tudo acabou. A artista Maira Kalman, autora de diversas capas da revista The
New Yorker, ilustrou cada um dos objetos da narrativa, trazendo cor e
descontração a esta história dolorida.
#3 – A garota da capa
vermelha, Sarah Blakley-Cartwright
Aqui temos o inverso, o
livro foi baseado no filme. Achei que podia ter um bom resultado e a autora faz
um trabalho ainda pior. Se você viu o filme, não precisa perder tempo com o
livro.
E para melhorar a
situação do leitor a editora não colocou o final na edição impressa e o
disponibiliza na internet. Para falar a verdade nem tive curiosidade de abrir o
site.
O
corpo de uma garota é descoberto em um campo de trigo. Em sua carne mutilada,
marcas de garras. O Lobo havia quebrado a paz. Quando Valerie descobre que sua
irmã foi assassinada pela lendária criatura, ela acaba mergulhando de forma
irreversível em um grande mistério que vem amaldiçoando sua aldeia por
gerações. A revelação vem com Father Solomon: o Lobo habita entre eles — o que
torna qualquer pessoa do vilarejo suspeita. Estaria Peter, sua paixão secreta
desde a infância, envolvido nos ataques? Ou seria Henry, seu noivo, o Lobisomem
que assola as redondezas? Ou, talvez, alguém mais próximo? Enquanto todos estão
à caça da besta, Valerie recorre à Avó em busca de ajuda; ela dá à neta uma
capa vermelha feita à mão e a orienta através da rede de mentiras, intrigas e
decepções que vem controlando o vilarejo por muito tempo. Descobrirá Valerie o
culpado por trás do lobo antes que toda a aldeia seja exterminada? A Garota da
Capa Vermelha é uma nova e arrepiante versão do clássico conto. Nela, o final
feliz poderá ser difícil de ser encontrado.
#2 – Ahmnat – Os amores
da Morte, Julien De Lucca
Este ano tentei ler o
máximo que pude de literatura nacional, principalmente de pequenas editoras e
de novos autores. Ahmnat é um livro extremamente chato, com uma narrativa que
não se decide e você lê quase 400 páginas e pode descartar metade delas.
Bom, o autor promete um
segundo volume.
O
que pode acontecer quando Morte e Destino brincam com o sentimento mais
perigoso? Ahmnat é uma garota egípcia que, após uma vida cheia de turbulências,
tristezas e mágoas, assume o cargo de Morte e passa a viver entre este mundo e
o além-vida. Porém ela não está sozinha. Logo conhece Destino, responsável por
escrever as vidas mortais, que fica surpreso e abismado ao vê-la no lugar de
poderosa entidade. Destino propõe, então, um sádico jogo a Ahmnat: criará dez
vidas mortais, humanos bem especiais, para tentar fazê-la se apaixonar por
eles. Se Ahmnat se apaixonar por qualquer um, ela volta para a Terra como
mortal novamente, dando a oportunidade de Destino reescrever sua vida. Caso
contrário, será Destino quem se tornará mortal, permitindo que Morte venha
buscá-lo pessoalmente.
#1 – A Promessa, Richard Paul Evans
Romance “água com
açúcar” que agradeço muito por sua leitura ter durado somente um dia. Não vou
nem falar muita coisa, é a história de sempre: Traição, separação, novo amor e
uma baita confusão do autor.
Ela
havia perdido todas as esperanças e encontrou um homem que cumpre suas
promessas... Beth Cardall tem um segredo. Durante dezoito anos, ela não teve
escolha senão guardá-lo para si, mas, na véspera do Natal de 2008, tudo isso
está prestes a mudar. Para Beth, 1989 foi um ano marcado pela tragédia. Sua
vida estava desmoronando: sua filha de seis anos, Charlotte, sofria de uma
doença misteriosa; seu casamento transformou-se de uma relação aparentemente
feliz e carinhosa em algo repleto de traição e sofrimento; seu trabalho estava
por um fio e ela perdera totalmente a capacidade para confiar, ter esperanças e
acreditar em si mesma. Até que, um dia extremamente frio, após atravessar uma
nevasca até a loja de conveniência mais próxima, Beth encontra Matthew, um
homem misterioso e encantador, que mudaria de uma só vez o curso de sua vida.
É isso aí, pessoal, deixem seus comentários e suas opiniões.
Até mais.
Olá!
ResponderExcluirAMEI a sua lista, ficou super organizada. Você foi bem sincero a respeito dos livros que não gostou...
A culpa das estrelas é ótimo mesmo e O nome do vento, excelente livro de aventura!
Excelente postagem como sempre nem senti o tempo passar enquanto lia!
Abraços amigo,
David.H.S
http://livrosemaisseries.blogspot.com.br/